Açúcar recua mais de 2% nesta 6ª em NY com pressão do câmbio; mínima desde 1º de março
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (1º) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado acompanha o avanço da safra no Centro-Sul, temores de recessão global e queda nos preços do etanol.
No terminal norte-americano, o adoçante foi nas mínimas desde 1º de março.
O vencimento mais negociado do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 2,32% no dia, cotado a 18,07 cents/lb, com máxima de 18,54 cents/lb e mínima de 18,06 cents/lb. Em Londres, o primeiro contrato recuou 1,05%, a US$ 529,00 a tonelada.
Na semana, o primeiro vencimento no terminal de Nova York caiu 1,04%.
"Basicamente, o mercado do açúcar tem reagido aos fundamentos, que é o andamento da safra 2022/23 no Centro-Sul do Brasil, sem percalços climáticos", disse em entrevista ao Notícias Agrícolas Maurício Muruci, analista da Safras.
Apesar disso, a União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) trouxe no início da semana que a produção de açúcar nos primeiros 15 dias de junho totalizou 2,14 milhões de toneladas, queda anual de 3,81%, e abaixo do esperado.
Muruci pontua, porém, que essa queda está ligada ao atraso da moagem neste ano.
Além disso, segundo a Reuters, "o açúcar está sendo atingido por influências externas com o macro negativo, os temores de recessão global crescendo e os preços do etanol caindo no Brasil". Os estados estão baixando o ICMS dos combustíveis.
Nos fundamentos internacionais, o mercado também sente alguma pressão com informações de amplas safras de açúcar na Índia e na Tailândia.
O câmbio também contribuiu para as perdas no dia no adoçante, já que impacta diretamente nas exportações das commodities. Por outro lado, o petróleo saltava mais de 2% nas bolsas externas nesta tarde e dava algum suporte.
O mercado do adoçante também acompanha alguma movimentação técnica ante o feriado nos Estados Unidos na segunda-feira.
MERCADO INTERNO
A safra brasileira 2022/23 de cana-de-açúcar em avanço segue impactando os negócios no Brasil. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,69%, negociado a R$ 127,06 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,92 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,77 c/lb e alta de 1,50%.
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