Milho sobe 3% na B3 com “virada momentânea do mercado” nesta 3ªfeira
A terça-feira (07) chega ao final com os preços futuros do milho acompanhando as movimentações externas e operando no campo positivo da Bolsa Brasileira (B3) e flutuando na faixa entre R$ 88,00 e R$ 96,00.
O vencimento julho/22 era cotado à R$ 88,50 com ganho de 1,56%, o setembro/22 valia R$ 92,50 com valorização de 3,33%, o novembro/22 era negociado por R$ 93,80 com alta de 3,03% e o janeiro/23 tinha valor de R$ 96,25 com elevação de 2,72%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, apesar desta elevação, a B3 trabalha mais focada no mercado doméstico e na chegada da safrinha do que no mercado de exportação, já que, mesmo com os preços de porto melhorando, não há pressão de vendas.
“As vendas de soja estavam acontecendo, mas no milho tinha pouca gente aproveitando essa virada momentânea. Não há uma garantia de que o mercado vai continuar assim porque as notícias que vem da guerra mudam a todo momento e pode haver um novo banho de água fria pela frente”, diz.
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No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou mais altas do que baixas neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorizações apenas em Não-Me-Toque/RS, Dourados/MS e Oeste da Bahia. Já as valorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP e Porto de Santos/SP;
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “as expectativas de colheita recorde de milho na safrinha continuam a pressionar os preços do cereal, que é negociado abaixo dos R$ 85,00/sc no mercado físico de Campinas/SP”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também registraram movimentações altistas ao longo desta terça-feira na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento julho/22 era cotado à US$ 7,57 com valorização de 14,50 pontos, o setembro/22 valia US$ 7,25 com elevação de 11,50 pontos, o dezembro/22 era negociado por US$ 7,14 com alta de 7,14 pontos e o março/23 tinha valor de US$ 7,19 com ganho de 11,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última segunda-feira (06), de 2,02% para o julho/22, de 1,54% para o setembro/22, de 1,71% para o dezembro/22 e de 1,70% para o março/23.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da CBOT estavam firmes, com força no mercado à vista mostrando que a demanda permaneceu forte apesar dos preços elevados.
“Quando o mercado recebe o que você acha que seriam notícias de baixa, e ainda sobe, isso é um sinal de boa demanda”, disse Chris Robinson, fundador da Robinson Ag Marketing.
As notícias de baixa citadas pelo especialista foram as atualizações do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre o andamento do plantio da safra norte-americana de milho e a melhora no índice de qualidade das lavouras, que hoje são 73% classificadas como boas ou excelentes, acima da estimativa média de 68% em uma pesquisa de analistas da Reuters.
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