Ibrafe: Presidente da Câmara Setorial do Feijão lidera comitiva em Nebraska
Não durou 24 horas a parada para respirar no mercado de Feijão esta semana. Ontem os compradores voltaram em busca de Feijão-carioca da melhor qualidade possível de ser encontrada no Paraná e vendeu bastante produto entre R$ 420/435 na região de Castro. No mercado de Feijão-preto, ainda que tenha alguns criminosos distribuindo informação falsa via WhatsApp de que o mercado estaria abaixo de R$ 200 no Paraná, não houve produto de qualidade negociado abaixo de R$ 220 a R$ 235, FOB lavoura.
Todos sabem e lamentam que a fome voltará a assolar o planeta em pleno século 21. Todos a que me refiro incluem as pessoas que podem evitar que isso aconteça, ou pelo menos amenizar a questão humanitária. Mas se isso não fosse mais que suficiente para justificar esforço especial para produzir e exportar, há o aspecto capitalista próprio da nossa cultura mundial que poderia justificar um grande esforço em captar uma fatia do que atender esta necessidade possa significar. Mas não se vê nenhum movimento organizado, por parte do governo, liderando para produzir mais este ou aquele cereal ou leguminosas secas ou oleaginosas. Nas Pulses, mais especificamente nos Feijões, há um movimento que começa a ser ordenado para que possamos produzir de forma organizada algo que atenda à necessidade e permita que o Brasil colha uma fatia de tudo isso.
Veja ao lado a capa da revista inglesa The Economist... Olhe o detalhe das caveiras nos grãos de trigo. Uma iniciativa louvável é que, neste momento, tem gente fazendo tudo que pode para dar início, em várias frentes, às mudanças necessárias. O presidente da Câmara Setorial do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais, Afrânio Migliari, está com 3 secretários do estado do Mato Grosso e diretores da APROFIR em Nebraska, em busca de tecnologia e recursos para investimento em estudos para gestão de recursos hídricos para o Mato Grosso e, na sequência, para outros polos de irrigação do Brasil.
O MAPA e o Ministério de Relações Internacionais anunciaram acordo para exportação de Amendoim para China. Ainda este ano, estamos acompanhando muito de perto, haverá acordo fitossanitário para exportarmos Gergelim para a China, e o pedido para exportação de Feijões está seguindo os trâmites. Não há previsão de data, mas ainda vamos exportar Feijões-mungo, que hoje tem que passar pelo Vietnam diretamente para China, e atrás deles irão os rajados, vermelhos brancos. Mas é possível avançar. Por isso teremos agendas no início de junho em Brasília para, em visita a diversos órgãos e bancos, de todo naipe, encontrarmos formas de acelerar nossa participação mais efetivamente no mercado mundial de Pulses. O mundo tem um buraco de oferta para o próximo ano e nós somos candidatos a atender este mercado.
0 comentário
Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso