Deputados na Câmara defendem prevalência do caráter público da Embrapa

Publicado em 28/04/2022 10:23
Sessão solene na Câmara comemorou os 49 anos da empresa de pesquisa agropecuária

Deputados e representantes de entidades ligadas a trabalhadores e agricultores familiares criticaram declarações recentes dos dirigentes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de que será feita uma reestruturação na companhia para abrir atividades para a iniciativa privada com redução de pessoal.

As críticas foram feitas em sessão solene no Plenário da Câmara nesta terça-feira (26) em comemoração aos 49 anos da empresa. A homenagem foi solicitada pela deputada Erika Kokay (PT-DF).

O presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário, Marcos Vidal, disse que a ideia é fazer parcerias nas quais os resultados das pesquisas não serão mais públicos, mas direcionados aos parceiros privados.

Para o deputado Merlong Solano (PT-PI), a Embrapa também vem passando por um processo de precarização dos serviços por meio da redução orçamentária. Segundo ele, em 2022 o orçamento é de R$ 3,3 bilhões; cerca de R$ 500 milhões a menos do que o de 2019:

“O que temos é uma situação que marcha para a inviabilização desta empresa estratégica. Sofre o pessoal, que há muito tempo não é renovado e que está desanimado. Sofrem as condições de trabalho porque o custeio está comprometido, assim como lá na minha Universidade Federal do Piauí", disse.

E sofre também a pesquisa, disse Solano, que é o motivo pelo qual a empresa foi criada. "E através da pesquisa e do desenvolvimento agropecuário (a Embrapa) se tornou uma referência não só no Brasil, mas no mundo inteiro”, disse o deputado.

Biotecnologia

O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) fez elogios ao papel da Embrapa na melhoria dos cultivos.

“ Naqueles laboratórios da Embrapa em alguns recipientes pequenos têm valores idênticos aos valores que nós temos de petróleo no mundo. Dá uma olhada agora no que nós estamos fazendo no controle de pragas por biotecnologia. Nós vamos ver a importância que tem agora em diversas propriedades do país de nós termos laboratórios. Não tendo mais que usar defensivos químicos porque a Embrapa pesquisou”, comparou.

O chefe da Embrapa Cerrados, Sebastião da Silva Neto, representou o presidente da empresa, Celso Moretti, na sessão. Neto não fez comentários sobre a reestruturação da Embrapa. Ele destacou que a empresa está se concentrando em pesquisas que valorizem a agricultura sustentável.

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Fonte:
Agência Câmara

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