Com foco no petróleo, açúcar recua mais de 1% na semana na Bolsa de NY
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (1º) com quedas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres, ampliando as perdas acumuladas na semana. A pressão vem do petróleo, além de safra positiva nas origens.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,62%, cotado a US$ 19,37 cents/lb, com máxima de 19,52 cents/lb e mínima de 19,25 cents/lb. Em Londres, o primeiro vencimento perdeu 0,55%, negociado a US$ 538,50 a tonelada.
Na semana, o primeiro vencimento do açúcar em NY caiu 1,12%.
Depois de alta na véspera, os contratos futuros do açúcar seguiram a baixa do petróleo nesta sexta-feira no cenário internacional com perspectivas de adição do óleo de reservas sobre o mercado, além de um movimento de realização de lucros.
As oscilações do petróleo impactam diretamente sobre a decisão das usinas no mix da safra 2022/23 no Centro-Sul do Brasil, que começa em abril.
"Os negociantes disseram que o início da nova temporada de açúcar no Centro-Sul do Brasil aumentaria o foco nos preços de energia, já que as usinas escolhem usar a cana recém-colhida para produzir etanol biocombustível ou açúcar", disse a Reuters.
Ainda no financeiro, por outro lado, o mercado do adoçante tem as perdas limitadas com o câmbio, com nova desvalorização do dólar sobre o real.
Além disso, negativamente, seguia o foco para as origens produtoras. A consultoria Datagro destacou clima benéfico para as lavouras do Centro-Sul do Brasil nesta reta final de semana com chuvas. Além disso, a safra asiática é positiva.
A consultoria Datagro destacou a chegada de uma frente fria ao Centro-Sul do Brasil na reta final desta semana, favorecendo o desenvolvimento dos canaviais.
"O volume acumulado de precipitação até o dia 29 de março apresenta um cenário mais favorável ante o mesmo período de 2021 – São Paulo foi o estado que mais excedeu a média histórica", destacou a consultoria em nota.
MERCADO INTERNO
O preço do açúcar avança acima de 140 a saca de 50 kg no mercado brasileiro acompanhando a demanda. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,45%, negociado a R$ 142,86 a saca de 50 kg.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 153,38 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,62 c/lb - estável.
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