Petróleo e isenção de importação no BR pressionam açúcar em NY e Londres nesta 3ª

Publicado em 22/03/2022 14:38
Principal vencimento no terminal norte-americano se manteve acima do patamar de US$ 19 c/lb

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As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (22) com perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu peso do petróleo, anúncio sobre importação no Brasil, além de realização de lucros ante a véspera.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,67%, cotado a US$ 19,15 c/lb, com máxima de 19,33 c/lb e mínima de 19,12 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento recuou 0,47%, negociado a US$ 546,80 a tonelada.

Os preços do petróleo tiveram ampla oscilação nesta terça-feira, inclusive ficando no negativo em parte do dia acompanhando a informação de que parecia improvável que a União Europeia buscasse um embargo ao petróleo russo.

Por outro lado, a guerra entre Rússia e Ucrânia segue no radar dos investidores.

As oscilações do petróleo impactam diretamente na decisão das usinas sobre o mix na safra 2022/23, se será mais voltado ao açúcar ou para o etanol. Além disso, outro ingrediente nessa escolha veio com a decisão na noite de ontem no Brasil.

Para conter a inflação, o Ministério da Economia decidiu isentar o imposto sobre as importações de alguns produtos, entre eles etanol e açúcar cristal. A decisão deve sair no Diário Oficial de amanhã (23) e será válida até o final deste ano.

O secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz, disse para a Reuters que a medida poderá reduzir em 20 centavos o preço do litro da gasolina na bomba, que tem tido suporte do petróleo.

“A medida pode prejudicar muito o setor, já que abrange açúcar e etanol. A decisão vem em um momento de início de safra, com tendência de maior produção de etanol hidratado, altos estoques, e agora importação incentivada”, explicou Maurício Muruci, analista da Safras & Mercado.

Nos fundamentos, segue pressão com o acompanhamento da safra mais positiva nas origens produtoras do adoçante, como o Centro-Sul do Brasil, além da Ásia, que está em colheita nesse momento com registro de alta produtividade.

O mercado do adoçante nas bolsas externas também sentiu pressão de realização de lucros nesta terça-feira.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar voltaram a subir no mercado brasileiro nos últimos dias e já se aproximam dos R$ 140 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve alta de 1,98%, negociado a R$ 139,33 a saca de 50 kg.

"O aumento está atrelado à baixa disponibilidade do cristal, em especial do Icumsa 150, que deve se manter até meados de abril, período previsto para o início da moagem da próxima safra 2022/23", disse o Cepea.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 150,32 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,09 c/lb com alta de 1,85%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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