B3 fecha a semana acumulando desvalorização de 3% para futuros do milho
A sexta-feira (18) chega ao final com os preços futuros do milho acumulando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3)
O vencimento maio/22 foi cotado à R$ 101,21 com perda de 1,15%, o julho/22 valeu R$ 97,00 com queda de 1,02%, o setembro/22 foi negociado por R$ 96,10 com desvalorização de 1,33% e o novembro/22 teve baixa de R$ 98,48 com baixa de 1,31%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal brasileiro acumularam desvalorizações de 3,06% para o maio/22, de 2,38% para o julho/22, de 3,09% para o setembro/22 e de 2,63% para o novembro/22, em comparação ao fechamento da última sexta-feira (11).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado brasileiro está se adaptando, com o porto pagando hoje R$ 94,00 na posição julho, R$ 95,00 agosto e R$ 96,00 setembro e R$ 100,00 para dezembro em Paranaguá, mas recuando R$ 2,00 por saca de ontem para hoje.
“Agora há uma corrida de colheita com milho e soja ao mesmo tempo e está estrangulando os armazéns, assim muito milho está saindo e indo direto aos consumidores, que acabam pagando um pouco menos”, comenta Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou flutuações negativas neste último dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma desvalorização, mas percebeu desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Castro/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Palma Sola/SC, Brasília/DF, Dourados/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS, Cândido Mota/SP, Campinas/SP, Porto de Paranaguá/PR e Porto de Santos/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “com movimentação mais amenas de ambas as pontas, a saca em campinas/SP se mantém nos R$104/sc”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma sexta-feira negativa para os preços internacionais do milho futuro.
O vencimento maio/22 foi cotado à US$ 7,41 com desvalorização de 12,75 pontos, o julho/22 valeu US$ 7,12 com perda de 6,25 pontos, o setembro/22 foi negociado por US$ 6,64 com baixa de 2,75 pontos e o dezembro/22 teve valor de US$ 6,45 com alta de 0,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (17), de 1,72% para o maio/22, de 0,84% para o julho/22 e de 0,45% para o setembro/22, além de estabilidade para o dezembro/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal norte-americano acumularam desvalorizações de 4,71% para o março/22, de 2,76% para o maio/22, de 2,20% para o julho/22, de 1,92% para o setembro/22 e de 1,53% para o dezembro/22, em comparação ao fechamento da última sexta-feira (11).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de grãos dos Estados Unidos caíram nesta sexta-feira, com traders monitorando os esforços diplomáticos para acabar com a invasão da Ucrânia pela Rússia e avaliando as interrupções contínuas nas exportações de safras do Mar Negro.
Mais de três semanas após o lançamento de sua invasão, no que Moscou chama de "operação militar especial", o avanço russo parou e não conseguiu capturar uma única grande cidade. Ainda assim, um funcionário do Programa Mundial de Alimentos disse que as cadeias de suprimentos de alimentos na Ucrânia estão entrando em colapso, com a infraestrutura destruída e muitos supermercados vazios.
Tom Polansek da Reuters Chicago relata que, os preços dos grãos têm sido voláteis desde a invasão, já que os importadores dependem fortemente de suprimentos enviados da Rússia e da Ucrânia através do Mar Negro.
“Os compradores provavelmente usarão os preços em queda do milho como uma oportunidade para garantir mais suprimentos. Levará um bom tempo até que os grãos saiam da Rússia ou da Ucrânia e os compradores de milho do mundo terão que vir para os EUA”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa.
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