Milho: Bolsas decolam nesta 5ª feira e B3 bate os R$ 101 no maio/22
Os preços futuros do milho ganharam força ao longo desta quinta-feira (03) e encerraram o pregão de hoje contabilizando flutuações positivas na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento março/22 foi cotado à R$ 100,59 com elevação de 0,86%, o maio/22 valeu R$ 101,58 com alta de 2,10%, o julho/22 foi negociado por R$ 96,15 com valorização de 2,13% e o setembro/22 teve valor de R$ 95,80 com ganho de 2,13%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a Bolsa Brasileira está trabalhando como reflexo das movimentações internacionais, com o porto pagando de R$ 87,00 a R$ 90,00 na exportação e obrigando a indústria a pagar mais internamente.
“Hoje se fala de R$ 95,00 à R$ 97,00 no CIF indústria e alguns lugares já batendo acima dos R$ 100,00 novamente. O mercado se firmou de novo em plena colheita. A indústria quer receber direto do produtor e esperar a safrinha para ver o que vai acontecer”, diz Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também registrou flutuações altistas neste penúltimo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou nenhuma desvalorização, mas se deparou com valorizações nas praças de Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio Verde/GO, Dourados/MS e Eldorado/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com a análise diária da Agrifatto Consultoria, “apesar das tensões internacionais, o mercado doméstico tem se mantido equilibrado com o milho em Campinas/SP em R$97,50/sc”.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) começou o dia operando em campo misto, mas explodiu ao longo da quinta-feira e finalizou o dia com os preços internacionais do milho futuro registrando grandes elevações.
O vencimento março/22 foi cotado à US$ 7,51 com ganho de 12,25 pontos, o maio/22 valeu US$ 7,47 com valorização de 22,75 pontos, o julho/22 foi negociado por US$ 7,03 com elevação de 9,75 pontos e o setembro/22 teve valor de US$ 6,31 com alta de 4,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação do fechamento da última quarta-feira (03), de 1,62% para o março/22, de 3,03% para o maio/22, de 1,44% para o julho/22 e de 0,64% para o setembro/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho saltaram para seus limites de negociação, com a invasão da Ucrânia pela Rússia aumentando cada vez mais os temores de uma interrupção maciça nas exportações de grãos da região do Mar Negro.
“A guerra de uma semana fechou os portos ucranianos e provocou sanções financeiras ocidentais sem precedentes contra a Rússia, deixando os compradores de safras correndo para buscar fontes alternativas de suprimento”, destaca Tom Polansek da Reuters Chicago.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) disse que os exportadores privados relataram a venda de 337 mil toneladas de milho dos EUA para destinos desconhecidos para entrega no ano comercial de 2021/22.
“Há muita atividade em posições próximas, pois as pessoas se perguntam como vamos cobrir os suprimentos para esta temporada, com um país exportador impedido de enviar e outro que as pessoas não querem tocar”, disse um trader europeu referindo-se à Ucrânia e à Rússia, respectivamente.
Analistas ouvidos pela Agência disseram que também há um risco crescente de interrupção de longo prazo no abastecimento do Mar Negro, já que a guerra danifica a infraestrutura e as terras agrícolas da Ucrânia, enquanto as sanções ocidentais atingem o comércio com a Rússia.
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