Soja abre março ampliando ganhos em Chicago, acompanhando avanço do conflito entre Rússia e Ucrânia
O mercado da soja abriu o mês de março estendendo os ganhos da última sessão na Bolsa de Chicago. O último pregão foi marcado pelo mercado reagindo à primeira reunião entre Rússia e Ucrânia, que terminou sem acordo ontem.
Por volta das 08h18 (horário de Brasília), o contrato com vencimento em maio/22 tinha alta de 40 pontos, negociado por US$ 16,76, julho/22 avançava 38,50, negociado por US$ 16,55 e agosto/22 era negociado por 16,06, com valorização de 35,50 pontos.
O analista de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, destacou em entrevista que além de acompanhar a variação de mercado que pode continuar intensa nos próximos dias com o impasse político, o produtor também precisa estar atento para a disponibilidade de insumos para a próxima safra. portos ucranianos e russos estão parados ou com graves dificuldades logísticas. Há inclusive realtos de navio cargueiros que estão sendo alvejados em mares da região, como o mar negro e Azov.
Segundo o analista, o mercado está mais agitado nesta manhã após serem divulgadas informações de que o governo Russo está pedindo para os Estados Unidos tirarem armas nucleares da Europa. "Tudo isso vem deixando o mercado mais nervoso. E o mercado está se protegendo e puxando as commodities, como por exemplo o petróleo", afirma. Em relação aos fundamentos para o mercado da soja, o analista comenta que não há novidades e que a terça-feira vai se desenhando de fato como mais um dia de tensão no setor financeiro.
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