Açúcar recua mais de 1,5% em NY e Londres acompanhando petróleo e em ajustes

As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (25) com perdas expressivas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sente pressão de realização de lucro, além de acompanhamento do petróleo no internacional.

Além disso, há o acompanhamento da safra brasileira e das origens asiáticas.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,73%, cotado a US$ 17,60 c/lb, com máxima de 17,97 c/lb e mínima de 17,56 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante recuou 1,38%, negociado a US$ 492,60 a tonelada.

No acumulado da semana, o primeiro vencimento teve recuo de 1,62%. Na quinta, o mercado teve pico de um mês em US$ 18,87 c/lb.

Depois de acompanhar a disparada do petróleo a US$ 100 o barril na véspera, o mercado do açúcar recuou nesta sexta dando o tom negativo no acumulado semanal. Além do financeiro, o mercado também segue com otimismo sobre as origens.

Apesar de ainda não chegar nas 600 milhões de toneladas, a moagem de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil deve se recuperar em 2022/23 ante a temporada anterior, impactada pelas condições climáticas adversas em quase todo o país.

No financeiro, o petróleo recuava na finalização dos trabalhos desta sexta-feira em realização de lucros. Além disso, o dólar saltou sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities agrícolas, mas pesa sobre os preços.

As oscilações do óleo impactam diretamente na decisão das usinas sobre o mix de produção.

"Os revendedores observaram que um aumento nos preços da energia levou ao sentimento de que pode haver um aumento no uso de cana para produzir etanol biocombustível em vez de açúcar, principalmente no Brasil", disse a Reuters no dia.

A Petrobras, porém, disse que irá aguardar e monitora o petróleo antes de tomar qualquer decisão sobre os preços.

MERCADO INTERNO

Os preços do açúcar caem forte no mercado brasileiro, chegando a ficar próximo dos R$ 135 a saca. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 2,25%, negociado a R$ 136,21 a saca de 50 kg.

Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,97 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,09 c/lb com queda de 1,13%.

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