Açúcar: Salto do petróleo dá suporte para altas de mais de 1% em NY e Londres
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta terça-feira (22) com altas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O dia foi marcado por suporte importante do petróleo, apesar de seguir otimismo com safra do Centro-Sul.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York subiu 1,53%, cotado a US$ 17,89 c/lb, com máxima de 17,93 c/lb e mínima de 17,70 c/lb. Em Londres, o primeiro vencimento do adoçante saltava 1,69%, negociado a US$ 494,30 a tonelada.
A tensão entre Rússia e Ucrânia fez com que os preços do petróleo ficassem acima de US$ 90 o barril depois da decisão de Moscou de enviar tropas para duas regiões separatistas no Leste da Ucrânia nas últimas horas, aumentando as preocupações com a oferta.
As oscilações do óleo são fundamentais na decisão das usinas sobre o mix.
Analistas internacionais acreditam que os preços podem subir ainda mais. "O potencial para um rally acima de US$ 100 o barril recebeu um enorme impulso", disse para a agência de notícias Reuters Tamas Varga, analista da corretora de petróleo PVM.
Ainda no financeiro, o mercado também teve suporte da queda do dólar sobre o real, o que tende a desencorajar as exportações e dá suporte aos preços das commodities. A demanda tem sido firme pelo adoçante brasileiro nas últimas semanas.
Ainda assim, as fixações estão menos aceleradas que as da temporada 2021/22.
Em janeiro, as usinas fixaram preço de exportação de 2,9 milhões de t. O preço médio foi de R$ 2.336 por tonelada FOB Santos com cotação média do real de R$ 5,5270, uma queda de 2,2% em relação à média observada no mês anterior.
Nos fundamentos, por outro lado, o mercado do açúcar ainda monitora o otimismo com a safra 2022/23 do Centro-Sul do Brasil, que está em desenvolvimento. Além disso, há otimismo com a colheita das origens asiáticas.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem recuando no mercado brasileiro e estão abaixo de R$ 145 a saca de 50 kg. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, teve desvalorização de 1,53%, negociado a R$ 144,79 a saca de 50 kg.
"Quando a negociação envolvia o cristal Icumsa 180 e os volumes eram mais expressivos, as usinas foram mais flexíveis em baixar os preços. Já quando a demanda era pelo cristal Icumsa 150, os valores seguiram firmes, devido à baixa disponibilidade nas usinas do estado de São Paulo", destacou em nota o Cepea.
Já nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou cotado a R$ 152,97 a saca - estável, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 18,96 c/lb com queda de 0,44%.
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