Boi/Cepea: Boi segue negociado acima de R$ 330; abate em 2021 é o menor em 17 anos
Desde o início deste ano, os valores da arroba do boi gordo vêm operando acima da casa dos R$ 330 no estado de São Paulo. Segundo pesquisadores do Cepea, a manutenção dos elevados patamares de preços da arroba bovina se deve à demanda internacional aquecida e à baixa oferta de animais para abate. De fato, dados divulgados neste mês pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicam que o volume de animais abatido em 2021 foi o mais baixo em 17 anos. Por outro lado, o Instituto também indica que a produtividade por animal (quantidade de carne produzida por cabeça) vem crescendo nos últimos anos, atingindo recorde em 2021, resultado de investimentos em tecnologia (nutrição, sanidade, manejo de pasto e genética) realizados pelo setor pecuário nacional.
1 comentário
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Pecuarista não quer vender, frigorífico não quer comprar e preços da @ se encaminham para cenário de estabilidade, diz analista
Sandro Augusto Brasília
Queria entender como o abate está caindo ano após ano... E a oferta de animal tá restrita... Ou isso é uma bolha dos produtores segurando animal e uma hora estoura?... Ou tá sumindo boi aí????...
As causas são as seguintes: Quando você inicia um ciclo de alta do boi, a produção de bezerros é muito rentável e assim o produtor começa a reter as novilhas para que elas possam parir. De outro lado, os bois estão sendo abatidos desde uns 3 anos para cá, na média de 20@ quando, antigamente, eram abatidos com 16@ em média. Quase 20% de ganho de peso por carcaça. De igual modo com as fêmeas. Retirou-se do mercado um número considerável de abate de fêmeas e aumentou o peso do gado abatido. O informe equivoca-se um pouco quando fala de "volume" do gado abatido quando poderia, sendo mais preciso, falar de "número de cabeças abatidas" Abraços.
Se. Geraldo, o "ciclo" de bovinos está para a "RENDA" de quem vende a @ para o frigorifico como para quem produz milho para a engorda na terminação!!!
O animal "carcado" (mais peso de carne nos ossos da estrutura) tem um regime de "rendimento de carcaça" na hora da matança no frigorifico.
Cansei de vender boiada com 56% de rendimento de carcaça. Isso trazendo a boiada cedo do pasto, pesando na balança da fazenda o peso vivo e, multiplicar esse peso por 56 % !!!
Com um detalhe, não "quebrava" na balança da linha de matança do frigorifico !!! ... Aquela "balança" que pesa as bandas da carcaça, pronta prá ir pra câmara frigorifica,
CHEREI MUITO "SANGUE DE MATANÇA" !!!!
Com certeza é assim mesmo Paulo Rensi. Contudo, a questão levantada pelo Sandro Augusto é a aparente contradição entre a diminuição do abate combinado com aumento de produção. Explicada pelo aumento de produtividade e velocidade de engorda dos bovinos na atualidade em comparação com o de 15/20 anos atrás, quando atingíamos um peso de 16,5@ para um boi de 36 a 40 meses e fazemos hoje em dia um boi de 24 meses com 18@ a 20@ (o "boi china"). Maior peso em menor tempo = mais carne com menor número de bois. Abraços.