Após ano intenso, café tem último pregão com estabilidade para o arábica em Nova York
O mercado futuro do café encerrou o último pregão do ano com estabilidade para os principais contratos na Bolsa de Nova York (ICE Future US). O ano de 2021 vai ficar marcado na história do setor e será lembrado por mais alguns anos, após meses de volatilidade intensa nos preços e muitos desafios climáticos enfrentados por todo setor produtivo de café a nível mundial, sobretudo pelo Brasil que teve seca prolongada e frio intenso.
O contrato com vencimento em março/22 teve baixa de 5 pontos, negociado por 228,85 cents/lbp, maio/22 teve queda de 15 pontos, negociado por 228,80 cents/lbp, julho/22 teve desvalorização de 30 pontos, valendo 228,05 cents/lbp e setembro/22 teve queda de 40 pontos, negociado por 227,20 cents/lbp.
"A realização de lucros no final do ano pesou sobre os preços do arábica hoje, após a alta deste ano de mais de 77%", destacou a análise do site internacional Barchart. Como já era esperado pelo setor, a reta final do ano foi marcada por poucos negócios. Além disso, o setor cafeeiro segue aguardando para saber, nos próximos meses, o real impacto das condições climáticas na produção do Brasil em 2022. Fato é que a super produção, antes esperada, já não é uma realidade para o setor.
A chegada de 2022 também será com muitos impasses no setor logístico. Com a crise no setor exportador, o Brasil deixou de gerar receita de aproximadamente US$ 600 milhões de dólares, o equivalente a 3,7 milhões de sacas de 60kg, de acordo com os últimos dados do Cecafé. Segundo especialistas, a tendência é que o problema continue sendo observado durante todo o ano de 2022, com previsão de alguma melhora apenas no segundo semestre.
Em Londres, o café tipo conilon teve um dia de altas técnicas. Janeiro/22 registrou valorização de US$ 8 por tonelada, valendo US$ 2490, março/22 teve valorização de US$ 9 por tonelada, cotado a US$ 2373, julho/22 teve alta de US$ 10 por tonelada, cotado a US$ 2293 e setembro/22 registrou valorização de US$ 10 por tonelada, valendo US$ 2286.
No Brasil, o mercado interno encerrou com desvalorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve queda de 1,38% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.430,00, Poços de Caldas/MG teve baixa de 0,69%, valendo R$ 1.430,00, Varginha/MG teve queda de 2,01%, negociado por R$ 1.460,00 e Franca/SP teve baixa de 0,68%, valendo R$ 1.450,00.
O tipo cereja descascado teve queda de 1,30% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.515,00, Poços de Caldas/MG teve queda de 0,65%, negociado por R$ 1.520,00 e Varginha/MG teve baixa de 1,95%, valendo R$ 1.510,00.
0 comentário
Preços do café seguem em volatilidade e apresentam altas no início da tarde desta 6ª feira (22)
Valor bruto dos Cafés do Brasil produzidos na Região Sudeste totaliza R$ 62,24 bilhões no ano-cafeeiro de 2024
Segundo dia da Semana Internacional do Café destaca práticas sustentáveis na cadeia cafeeira
Mercado cafeeiro inicia 6ª feira (22) em queda com realização de lucros
Mercado cafeeiro fecha sessão desta 5ª feira (21) com fortes ganhos em NY e queda na bolsa de Londres
Região do Cerrado Mineiro avança no mercado global com leilão virtual