La Niña: Inmet vê probabilidade do fenômeno climático durante o verão superior a 60%
A probabilidade de o fenômeno climático La Niña se manter durante o verão, estação que começou ontem (21) e que vai até 20 de março de 2022, tem chances superiores a 60%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em atualização sobre a nova estação.
"A maioria dos modelos de previsão de ENOS, gerados pelos principais centros internacionais de meteorologia, indicam uma probabilidade superior a 60% de que se mantenha o fenômeno La Niña durante o verão, podendo atingir a intensidade de moderado entre os meses de dezembro/2021 e janeiro/2022", disse o Inmet em nota.
A ocorrência de um La Niña, caracterizado pelo resfriamento do Pacífico Equatorial, preocupa todo o setor produtivo, sobretudo no Centro-Sul do Brasil que sentiu os impactos da seca nas últimas safras.
O fenômeno tem o histórico de reduzir os volumes de chuva sobre a região Sul do Brasil, enquanto que em partes mais centrais do país as chances são de um atraso nas precipitações. Já na região Nordeste, há possibilidade de aumento no volume de chuvas nos anos em que o fenômeno é registrado.
Veja a climatologia de precipitação para o trimestre janeiro a março. Período de referência: 1981 – 2010:
"Climatologicamente, o período é caracterizado pela elevação da temperatura em todo país em função da posição do sol mais ao Sul, tornando os dias mais longos que as noites e com mudanças rápidas nas condições de tempo, como: chuva forte, queda de granizo, vento com intensidade variando de moderada à forte e descargas elétricas", disse o instituto sobre a chegada do verão.
"Devido às suas características climáticas, com grandes volumes de chuva, o verão no Brasil tem grande importância para atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia, além de ajudar a repor os níveis de reservatórios de água e manter os níveis satisfatórios", complementou o Inmet na nota.
No verão, as chuvas são frequentes em praticamente todo o país, com exceção do extremo Sul do Rio Grande do Sul, Nordeste de Roraima e Leste do Nordeste, onde geralmente os totais de chuvas são inferiores a 400 mm.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, as chuvas neste período são ocasionadas principalmente pela atuação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), enquanto que no Norte das regiões Nordeste e Norte, a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) é o principal sistema responsável pela ocorrência de chuvas.
Em média, os maiores volumes de precipitação podem ser observados sobre as regiões Norte e Centro-Oeste, com totais na faixa entre 700 e 1100 mm.
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