Petróleo desaba 3% e pressiona açúcar em NY e Londres nesta 6ª feira
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (19) com perdas moderadas nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado repercutiu a baixa expressiva do petróleo no internacional, câmbio, apesar dos temores com as origens.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 0,94%, cotado a US$ 19,99 c/lb, com máxima de 20,29 c/lb e mínima de 19,89 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 0,77%, a US$ 512,60 a tonelada.
Na semana, o principal vencimento saltou 1,27% em Nova York.
Em meio às preocupações com a demanda global por conta do aumento de casos de Covid-19 na Europa, o petróleo WTI e o Brent caíam cerca de 3% nas bolsas externas, contribuindo para a pressão do açúcar bruto e branco nos terminais.
"O mercado (de petróleo) ainda permanece fundamentalmente em uma boa posição, mas os bloqueios (da Covid-19) são agora um risco óbvio... se outros países seguirem o exemplo da Áustria", disse à Reuters Craig Erlam, analista de mercado da OANDA.
As oscilações do óleo, no mercado de energia, também impactam no adoçante por conta da decisão das usinas entre produzir o etanol ou açúcar, reduzindo ou elevando a oferta na safra.
Ainda no financeiro, o dólar operava em alta sobre o real e contribuía para a baixa do adoçante.
Depois de otimismo com a nova safra do Brasil, com chuvas sendo registradas no cinturão, o Rabobank disse que o país deverá enfrentar uma escassez de cana-de-açúcar no próximo ano, o que limitará sua capacidade de aumentar as exportações.
Hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) anunciou que a produção global em 2021/22 deve se manter estável em 181,1 milhões de toneladas com as perdas do Brasil compensadas por outras origens produtoras.
MERCADO INTERNO
Os preços do açúcar seguem subindo no mercado brasileiro. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, subiu 0,41%, negociado a R$ 155,20 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 150,32 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,86 c/lb - estável.
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