Com peso do petróleo, açúcar recua mais de 1% em NY e Londres nesta 4ª
As cotações futuras do açúcar encerraram a sessão desta quarta-feira (10) com perdas de mais de 1% nas bolsas de Nova York e Londres. O mercado sentiu pressão do petróleo, além de seguir os dados de produção do Brasil na última quinzena de outubro.
O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova York caiu 1,51%, negociado a US$ 19,60 c/lb, com máxima de 19,98 c/lb e mínima de 19,52 c/lb. Já em Londres, o tipo branco teve desvalorização de 1,41%, a US$ 504,70 a tonelada.
O mercado do petróleo perdia cerca de 3% nesta tarde de quarta nas bolsas externas depois de um anúncio do presidente dos EUA, Joe Biden, sobre maneiras de reduzir os custos de energia em meio a um aumento mais amplo da inflação no país.
A cana pode ser utilizada para produção de etanol ou açúcar no mundo. Dessa forma, as oscilações nos preços de energia, como é o caso do petróleo, também impactam ativamente na decisão das usinas sobre o mix de produção.
"Os preços fracos do petróleo reduzem os preços do etanol e são negativos para o açúcar", disse o site de informações de commodities Barchart.
Além disso, o mercado acompanhou a divulgação da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) de redução da produção do adoçante na segunda quinzena de outubro com queda percentual menor do que esperava o mercado do adoçante.
A produção de açúcar retraiu 50,55% nos últimos quinze dias do mês e atingiu 858,2 mil toneladas, ante 1,74 milhões de toneladas verificadas em igual período do ano anterior.
Um levantamento realizado pela S&P Global Platts aapronta produção de açúcar na segunda quinzena de outubro de 711,2 mil toneladas, com queda de 59% ante o ano anterior.
Nos fundamentos, o mercado segue monitorando as expectativas mais positivas para a safra 2022/23 no Centro-Sul do Brasil, apesar de impactos ainda sentidos pelo país na atual temporada que está próxima da conclusão.
No cenário internacional, a perspectiva de maiores exportações de açúcar da Tailândia contribuiu para o peso sobre os preços do adoçante, segundo o site Barchart.
MERCADO INTERNO
O mercado de açúcar continua com preços acima de R$ 150 a saca, mas tem registrado repiques de correção.
No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, caiu 0,87%, negociado a R$ 152,10 a saca de 50 kg.
No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, a R$ 144,67 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 20,32 c/lb - estável.
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