Rabobank: Retomada da demanda no exterior acontece junto com caos logístico e faz café subir em NY
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Entrevista com Guilherme Morya - Analista do Rabobank sobre o Mercado do Café
A terça-feira (26) foi mais um dia de valorização expressiva para os mercados de café arábica e conilon. Com os problemas logísticos longe do fim, os preços voltam a subir com as preocupações de oferta global do grão em um momento em que a demanda permanece aquecida.
Dezembro/21 tinha alta de 555 pontos, valendo 208,10 cents/lbp, março/22 tinha alta de 555 pontos, cotado a 210,70 cents/lbp, maio/22 teve valorização de 550 pontos, cotado a 211,40 cents/lbp e julho/22 teve alta de 545 pontos, valendo 211,80 cents/lbp.
Em Londres, o contrato com vencimento em janeiro/22 teve alta de US$ 75 por tonelada, cotado a US$ 2270, março/22 teve valorização de US$ 53 por tonelada, cotado a US$ 2186, maio/22 teve alta de US$ 45 por tonelada, valendo US$ 2150 e julho/22 teve alta de US$ 43 por tonelada, valendo US$ 2141.
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De acordo com Guilherme Morya, analista de mercado do Rabobank, além das questões envolvendo o Brasil, o caos logísticos, estoques caindo nos Estados Unidos e demanda aquecida pesam neste momento, dando suporte aos preços no mercado futuro.
"A gente vê no momento que os estoques começam a cair e a gente vê que reabertura econômica principalmente nos países consumidores como Estados Unidos e parelelo à isso o caos logísticos. As duas coisas estão acontecendo, essa retomada da economia e a retomada do consumo", afirma Morya.
Os problemas logísticos não devem ser solucionados no curto prazo, e o analista reforça mais uma vez que o cenário continuará sendo de preocupação até, pelo menos, o ano que vem. "Não é uma solução simples, é complexa. É um assunto de médio para longo prazo. Fato é que não é um problema simples e vamos ter que conviver com esse problemas em boa parte de 2022", acrescenta.
No Brasil, o mercado interno acompanhou o exterior e teve um dia de valorização nas principais praças de comercialização do país.
O tipo 6 bebida dura bica corrida teve alta de 1,51% em Guaxupé/NG, negociado por R$ 1.280,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 1,42%, cotado a R$ 1.288,00, Araguarí/MG teve alta de 2,42%, valendo R$ 1.270,00, Varginha/MG teve alta de 4%, valendo R$ 1.300,00, Campos Gerais/MG teve alta de 1,59%, valendo R$ 1.279,00 e Franca/SP teve valorização de 2,34%, negociado por R$ 1.310,00.
O tipo cereja descascado teve alta de 1,50% em Guaxupé/MG, negociado por R$ 1.350,00, Poços de Caldas/MG teve valorização de 1,28%, valendo R$ 1.428,00, Varginha/MG teve alta de 3,05%, valendo R$ 1.350,00 e Campos Gerais/MG registrou valorização de 1,52%, valendo R$ 1.339,00.
Confira a análise completa no vídeo acima
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