Chuvas recentes no BR fazem açúcar subir mais de 1% no acumulado da semana em NY

Publicado em 22/10/2021 15:43
Nesta sexta-feira, mercado teve suporte do petróleo, mas sem forças para reverter tendência

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Os futuros do açúcar encerraram a sessão desta sexta-feira (22) com alta moderada na Bolsa de Nova York, mas sem reversão para as perdas da semana, e queda em Londres. O dia foi de atenção ao financeiro, além de ajustes.

O principal vencimento do açúcar bruto na Bolsa de Nova subiu 0,74%, cotado a US$ 19,08 c/lb, com máxima de 19,15 c/lb e mínima de 18,92 c/lb. Em Londres, o tipo branco teve queda de 0,04%, a US$ 500,60 a tonelada.

Na semana, o principal vencimento do adoçante em NY caiu 1,40%.

Depois de chuvas recentes no Centro-Sul do Brasil, aliviando os temores com a safra 2022/23 do Brasil, o mercado do adoçante nos terminais externos passou a despencar e perdeu o nível de US$ 20 c/lb que tinha nos últimos dias.

De acordo com Fabiana Amaro Traina, especialista em açúcar e etanol da Terra Investimentos, o mercado parece já ter precificado o cenário complicado da 2021/22 da principal região do Brasil e agora passa a olhar a Ásia e o clima para 2022/23.

Cana-de-açúcar - Foto José Fernando Ogura-AEN (2)
Na semana, o principal vencimento do adoçante em NY caiu 1,40% - Foto: AEN

Apesar disso, "acho que ainda é prematuro fazer uma leitura com certeza de que a safra do ano que vem será ótima [mesmo com as chuvas recentes no Brasil]", disse Fabiana ao Notícias Agrícolas.

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Ainda nos fundamentos, como fator de pressão aos preços, a trading inglesa Czarnikow estimou a safra global 2021/22 em um superávit de cerca de 350 mil toneladas, citando bloqueios da Covid-19 na Ásia que reduziram o consumo.

No financeiro, o mercado do adoçante teve algum suporte no dia com a valorização do petróleo. Porém, o dólar comercial operava em alta leve sobre o real, o que tende a encorajar as exportações das commodities.

O óleo mais baixo tende a impactar nos preços da gasolina que, por sua vez, influenciam na competitividade do etanol. Desta forma, as usinas elevam os níveis de produção do açúcar em detrimento ao etanol.

MERCADO INTERNO

No Brasil, os preços internos do açúcar seguem valorizados com oferta restrita e demanda firme. No último dia de negociação, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar, cor Icumsa de 130 a 180, mercado paulista, saltou 0,46%, negociado a R$ 148,18 a saca de 50 kg.

No Norte e Nordeste do Brasil, o açúcar ficou estável, negociado a R$ 137,94 a saca, segundo dados levantados pela consultoria Datagro. O açúcar VHP, em Santos (SP), tinha no último dia de apuração o preço FOB a US$ 19,16 c/lb com alta de 0,66%.

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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