Soja: Chicago passa para o campo negativo à espera dos novos números do USDA
Depois de abrir o dia com leves altas, os preços da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago no início da tarde desta segunda-feira (11). O mercado, além de seus fundamentos já conhecidos, se ajusta antes da chegada do novo boletim mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta terça-feira (12).
"Na terça-feira, o USDA deve divulgar estimativas de estoques finais maiores de milho e soja para 2021/22, estimativas de produção revisadas para 2020 e mais baixas de estoques finais de trigo dos EUA. Os traders já reagiram às mudanças decorrentes dos relatórios do USDA de 30 de setembro, mas podem encontrar mais surpresas neste dia 12", acredita o analista chefe de grãos do portal DTN The Progressive Farmer, Todd Hultman.
>> USDA deve trazer estoques finais maiores de soja e milho em novo boletim nesta 3ª (12)
Assim, por volta de 12h10 (horário de Brasília), as cotações recuavam entre 3,50 e 5 pontos nos principais vencimentos, levando o novembro a US$ 12,38 e o maio a US$ 12,69 por bushel.
Entre os graos, a atenção se dá também sobre o comportamento da China e do ritmo em que fará suas próximas compras de soja nos meses a frente. Na Bolsa de Dalian, novas baixas do farelo e renovação das máximas entre os futuros do óleo. "A queda no farelo e a alta do óleo estão em linha com o fundamento de queda no processamento doméstico das processadoras chinesas seguem bem mais lentas do que no ano passado", explica a Agrinvest Commodities.
E para o entendimento do consumo chinês, portanto, será preciso entender o ritmo do processamento, os impactos da crise energética sobre este setor, as margens de esmagamento e como a cobertura das indústrias se dará, uma vez que, ainda de acordo com a Agrinvest, o volume de soja já adquirido nos EUA pela nação asiática é menor do que no ano passado.
Atenção ainda ao clima no Brasil para o avanço do plantio - com algumas boas chuvas tendo sido registradas no final de semana - e na colheita americana.
O que dá algum equilíbrio ao mercado da soja é o avanço do petróleo, que volta a ser intenso neste início de semana, dando espaço a suporte dos óleos vegetais também.
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