Soja: Chicago fecha no vermelho, mas dólar ainda dá espaço para sustentação de preços no BR

Publicado em 06/10/2021 17:37

Logotipo Notícias Agrícolas

Ao longo do pregão desta quarta-feira (6), os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago chegaram a perder mais de 10 pontos nas posições mais negociadas, porém, encerraram os trabalhos com baixas de pouco mais de 8. Assim, o contrato novembro/21 fechou o dia com US$ 12,42 e o maio/22 com US$ 12,71, depois de testarem mínimas respectivas de US4 12,39 e US$ 12,68 por bushel. Os preços do milho e do óleo de soja também ficaram no vermelho.

Na contramão, com o dólar fechando com R$ 5,49 nesta quarta, acumulando mais uma sessão de altas - mesmo mais modesta nesta quarta - os preços da soja subiram no interior do Brasil. Algumas praças registraram ganhos de até 1,78%, como foi o caso de Castro, no Paraná, onde o indicativo ficou em R$ 172,00 por saca. Em Amambai, no Mato Grosso do Sul, alta de 1,90% para R$ 161,00. 

As referências no mercado físico seguem encontrando suporte não só no câmbio, mas também nos prêmios que seguem elevados para o restante da soja da safra velha. Onde as cotações não subiram, permaneceram estáveis, como é o caso também dos portos. Em Paranaguá, R$ 172,00 para o spot e R$ 166,00 para a soja da safra nova. No terminal de Rio Grande, R$ 170,00 e R$ 164,00, respectivamente, e R$ 178,00 por saca no terminal de Santos para outubro. 

Apesar dos bons preços, os novos negócios com a soja brasileira ainda se mostram um pouco escassos, com o ritmo de comercializaçao mais lento. Segundo explicam analistas e consultores de mercado, há uma certa cautela e até alguma reticência entre os produtores brasileiros neste momento, os quais buscam entender qual será a trajetória real dos preços a partir do atual momento.

Assim, segue o foco mais centrado dos sojicultores nacionais sobre os trabalhos de plantio - já concluído em cerca de 4% da área -, com as atenções divididas ainda com a preocupação com a oferta comprometida e a entrega atrasada de insumos em algumas regiões do país. 

BOLSA DE CHICAGO

Em Chicago, parte da pressão sobre os futuros da oleaginosa veio do cenário macroeconômico. O dia foi de aversão ao risco nos mercados  internacionais, com muita atenção sobre todos os problemas e ameaças causados pela crise energética. "Energia cara pode trazer um movimento de recessão", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities. 

Recuam nesta quarta não só as commodities, mas bolsas e demais ativos no mundo todo. No Japão, o Índice Nikkei marcou suas mínimas em seis semanas. Na Europa e nos EUA, as ações também fecharam em queda diante dos temores com a inflação global e a questão, para os Estados Unidos, sobre a dívida pública do país.

Os futuros do petróleo perderam mais de 2% entre brent e WTI e os gás natural, mais de 9%, depois de subir quase 10% na sessão anterior. Baixa nas energias, baixa também entre os óleos vegetais. A alta no dólar index foi de 0,5%. 

Entre os fundamentos da soja, o momento também é de pressão com o bom avanço da colheita americana e do plantio brasileiro. Os EUA já têm mais de 30% da área colhida, os índices de produtividade se apresentam dentro da média. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes | Instagram @jornalistadasoja
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário