Soja aprofunda baixas em Chicago em dia de aversão ao risco e perdas generalizadas
Os futuros da soja voltaram a recuar na Bolsa de Chicago no início da tarde desta quarta-feira (6). O mercado começou o dia com leves perdas, porém, perto de 13h20 (horário de Brasília), as cotações cediam enrtre 7,25 e 7,50 pontos nos principais vencimentos, com o novembro/21 voltando aos US$ 12,42 e o maio/22 para os US$ 12,72 por bushel.
O dia é de aversão ao risco nos mercados internacionais, com muita atenção sobre todos os problemas e ameaças causados pela crise energética. "Energia cara pode trazer um movimento de recessão", explica o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities.
Recuam nesta quarta não só as commodities, mas bolsas e demais ativos no mundo todo. No Japão, o Índice Nikkei marcou suas mínimas em seis semanas. Em contrapartida, o dólar index apresentava uma alta de 0,57%, com os investidores migrando de ativos mais sensíveis para os mais seguros, como é o caso da moeda americana, o que puxa o índice dólar.
As tabelas abaixo, do CME Group, mostram o comportamento dos mercados e quase todos estão no vermelho, à exceção do trigo, do boi e do farelo de soja na Bolsa de Chicago.
Assim, também perto de 13h40, os futuros do petróleo perdiam mais de 2% e os gás natural, mais de 9%. Baixa nas energias, baixa também entre os óleos vegetais. Na Bolsa de Chicago, o derivado cedia mais de 1,3%, levando o contrato dezembro a 60,30 cents de dólar por libra-peso.
Entre os fundamentos da soja, o momento também é de pressão com o bom avanço da colheita americana e do plantio brasileiro. Os EUA já têm mais de 30% da área colhida, os índices de produtividade se apresentam dentro da média, enquanto pouco mais de 4% da área estimada para a oleaginosa já foi semeada, de acordo com estimativas das consultorias privadas.
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