Milho: B3 fecha semana pouco modificada e com negócios restritos
Os preços futuros do milho encerram a sexta-feira (10) na mesma toada da maior parte da semana, com movimentações pequenas e próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 92,15 com perda de 0,55%, o novembro/21 valeu R$ 92,51 com baixa de 0,63%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 93,60 com queda de 0,56% e o março/22 teve valor de R$ 94,20 com alta de 0,12%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam ganhos de 0,66% para o setembro/21, de 0,83% para o novembro/21 e de 0,32% para o março/22, além de recuo de 0,37% para o janeiro/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os grandes compradores continuam retraídos e, com o câmbio recuando, conseguem importar milho na faixa de R$ 85,00 nos portos de Santa Catarina.
Brandalizze aponta que, ao mesmo tempo, a exportação paga R$ 82,00 e o quadro é de aumento de oferta. “Como o milho está muito valorizado internamente, ainda pode recuar um pouco mais porque a safra de verão está plantando em ritmo forte e com chuvas em praticamente todas as regiões”, diz.
No mercado físico brasileiro, os preços da saca do cereal registraram movimentações para os dois lados da tabela. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorizações em Brasília/DF, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA, Itapetinga/SP e Campinas/SP.
Já as desvalorizações foram percebidas em Ubiratã/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Eldorado/MS e Amambai/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a tensão do mercado com a greve dos caminhoneiros deixou o mercado do cereal travado mantendo os preços em Campinas/SP no patamar de R$ 93,00 a saca”.
A consultoria SAFRAS & Mercado considera que o mercado brasileiro de milho teve uma semana marcada pela lentidão no ritmo de negócios, com o feriado da terça-feira, 07 de setembro, contribuindo para o tom moroso na comercialização do milho.
“Os preços se sustentaram melhor em algumas regiões, como foi o caso de São Paulo, onde as cotações avançaram. Houve menor pressão de venda por parte dos produtores, até com a apreensão em torno da logística com manifestações de caminhoneiros. Já em outras regiões, como no Paraná e Goiás, seguiu uma oferta maior pressionando os preços”, destaca a SAFRAS.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) quem influenciou a alta dos preços internacionais do milho futuro foi o relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) desta sexta-feira.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,02 com alta de 6,75 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,17 com valorização de 7,50 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,26 com elevação de 7,25 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,31 com ganho de 6,75 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação do fechamento de última quinta-feira (09), de 1,21% para o setembro/21, de 1,37% para o dezembro/21, de 1,35% para o março/22 e de 1,34% para o maio/22.
Já na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam perdas de 1,18% para o setembro/21, de 1,34% para o dezembro/21, de 1,31% para o março/22 e de 1,30% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (03).
Segundo informações da Agência Reuters, o relatório mensal de oferta e demanda do USDA aumentou a produção de milho dos EUA, embora muitas das descobertas da agência já tenham sido contabilizadas por vendas recentes, disseram traders.
“Ao que parece, muitas informações de baixa já foram incorporadas ao mercado. Tem sido um bom declínio desde o relatório de 12 de agosto”, disse Bill Lapp, presidente da Advanced Economic Solutions.
A produção de milho dos Estados Unidos chegará a 14,996 bilhões de bushels, mostrou o relatório, sua segunda maior safra já registrada.
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