Milho fecha 6ªfeira levemente mais baixo na B3 e acumula recuo semanal
A sexta-feira (27) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo próximos da estabilidade durante todo o dia na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 95,14 com perda de 0,32%, o novembro/21 valeu R$ 95,18 com baixa de 0,78%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 96,95 com desvalorização de 1,07% e o março/22 teve valor de R$ 97,56 com queda de 0,52%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam perdas de 0,88% para o setembro/21, de 1,37% para o novembro/21, de 1,02% para o janeiro/22 e de 0,55% para o março/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (20).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, segue refletindo um mercado estável com o início da diminuição da pressão de venda, que estava mais alta nas semanas anteriores com a colheita em todo vapor.
“Agora resta pouco milho no campo o mercado fecha a semana estável e sem muito folego para retomada de alta ou de baixa”, destaca Brandalizze.
No mercado físico brasileiro, os preços do cereal seguiram contabilizando perdas pelo Brasil. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas não encontrou valorização em nenhuma das praças, mas percebeu desvalorizações em Ponta Grossa/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Rio Verde/GO, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Oeste da Bahia e Itapetingina/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos “o mercado físico do milho sentiu a pressão negativa nos preços durante esta semana. O motivo para isso é a retração dos consumidores e o aumento gradativo da fixação de preços por parte dos produtores em boa parte do Brasil Central”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “o recuo dos preços do cereal em Campinas/SP para o nível de R$ 97,00 traz a indicação de aumento da oferta e aquecimento dos negócios no interior do país, especialmente grandes lotes para abastecer as granjas da região Sul e Sudeste”.
A agência SAFRAS & Mercado relata que, o mercado brasileiro de milho repetiu o desempenho da semana anterior nos últimos dias e apresentou preços fracos. “Aos poucos, as cotações vão recuando, enfim, sob o efeito da colheita da safrinha, que traz uma pressão sazonal natural aos preços do cereal”.
“Mesmo com uma brutal quebra da safrinha, devido ao clima seco e depois às geadas, é um período em que chega mais milho novo ao mercado e os compradores buscam uma pressão sobre o mercado. Porém, esta pressão é limitada pelos problemas produtivos”, relatam os analistas da SAFRAS.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) oscilou entre altos e baixos neste último da semana, mas terminou as atividades de sexta-feira com os preços internacionais do milho subindo.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,58 com valorização de 5,25 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,53 com elevação de 3,00 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,60 com ganho de 3,00 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,64 com alta de 3,25 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira (26), de 1,09% para o setembro/21, de 0,55% para o dezembro/21, de 0,54% para o março/22 e de 0,53% para o maio/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam valorizações de 3,72% para o setembro/21, de 2,98% para o dezembro/21, de 2,94% para o março/22 e de 2,73% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (20).
Segundo informações do site internacional Successful Farming, os preços futuros do milho caíram, com os mercados de grãos continuando a se encontrar desordenados e sem convicção.
“Com opiniões conflitantes em relação ao rendimento, o mercado parece contente em esperar e não fazer nenhuma mudança dramática até que o consenso seja alcançado. No dia 10 de setembro, o USDA divulgará seu WASDE mensal com a oportunidade de mais uma vez fazer ajustes no rendimento. Logo depois disso, começaremos a obter resultados de produção fora do campo e isso se tornará o foco da ação do mercado”, diz Britt O’Connell, da ever. ag.
Para Bob Linneman, da Kluis Advisors, não é nenhuma surpresa que as baixas do mercado estejam assumindo o controle.
“Os padrões sazonais foram imprevisíveis nos últimos nove meses, mas o clima razoável (para muitas áreas no meio-oeste) deu as quedas a chance de assumir o controle conforme nos aproximamos da colheita. Os gráficos semanais não são excessivamente baixistas, mas o padrão é de mínimos mais baixos e máximos mais baixos. É bastante interessante ver que os preços da nova safra ainda estão em US$ 5,45. Esses são preços excelentes para os produtores, mesmo que não atinjam os rendimentos observados nos últimos anos”, afirmou Linneman em uma nota aos clientes.
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