Soja: Preços caem no interior do BR e mantém estabilidade nos portos nesta 4ª feira
Os preços da soja recuaram no mercado brasileiro nesta quarta-feira (25) em boa parte das praças de comercialização pesquisadas pelo Notícias Agrícolas. O dólar caiu quase 1% frente ao real - testando baixas ainda mais agressivas ao longo do dia - e na Bolsa de Chicago os futuros da oleaginosa fecharam o pregão com estabilidade, testando apenas leves altas.
Assim, o produtor brasileiro também se manteve mais reticente sobre a efetivação de novos negócios, cautelosos à espera de uma definição mais clara sobre as cotações na CBOT e também atentos à volatilidade do mercado cambial. Entre os prêmios, o dia também foi de estabilidade, mas com valores ainda importantes e acima de US$ 1,50 por bushel sobre Chicago nos vencimentos de agosoto a outubro. Para fevereiro/22, 40 cents de dólar.
Assim, algumas baixas mais intensas como Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis, Mato Grosso, de 1,20% apareceram nesta quarta-feira, levando a saca a R$ 165,00 e R$ 164,00, respectivamente. No Sul do Brasil, as perdas foram de pouco mais de 0,50%.
Em contrapartida, algumas regiões apontaram altas, como foi o caso de Campo Grande e Maracaju, em Mato Grosso do Sul, em que os indicativos subiram 0,63% para R$ 161,00 por saca em ambos os municípios.
Nos portos, os preços terminaram o dia com estabilidade. Paranaguá concluiu a quarta-feira com referência para a soja disponível em R$ 172,00 e safra nova com R$ 165,00. Já em Rio Grande, R$ 170,00 e R$ 164,00 por saca, respectivamente.
"Os compradores apontam que os produtores não estão aparecendo para fechar balcão de soja atual e também segue lento o fechamento da nova safra", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. "Os produtores estão de olho no clima, que está mostrando as chuvas chegando ao Paraná nesta quarta-feira e devendo avançar até São Paulo e Mato Grosso do Sul e desta forma melhorando a umidade no solo, o que deve trazer condições melhores, despertando expectativa de que em duas semanas estaremos vendo os primeiros plantios de soja".
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja fecharam o dia com altas de 0,50 a 9 pontos nas posições mais negociadas, com o novembro/21, referência para a safra americana, valendo US$ 13,32 por bushel, e o março/22, referência para a safra brasileira, US$ 13,39.
O mercado segue volátil e dividido entre os fundamentos e o mercado financeiro.
No cenário fundamental, atenção ao clima nos EUA para a conclusão da nova safra americana, mas com certa preocupação ainda sobre as lavouras depois da piora indicada pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os mapas climáticos continuam indicando chuvas boas para o oeste do Corn Belt nos próximos sete dias, com bons volumes ainda sendo esperados para as Dakotas, Nebraska, Minnesota, Iowa e Wisconsin.
Já no quadro macroeconômico, permanece a atenção sobre o dólar e ao comportamento das demais commodities diante do humor dos fundos investidores. O petróleo deu sequência às altas nesta quarta-feira no WTI e no brent, mas de forma mais contida do que na sessão anterior. Ainda assim, o combustível fechou mais de 1% de alta.
Assim, o petróleo puxou ainda os futuros do óleo de soja, que terminaram o dia na CBOT com altas de mais de 1% também.
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