Preços do petróleo atingem mínima de 3 semanas com restrições na China por Covid e dólar forte
Por Scott DiSavino
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo recuaram mais de 2% para uma mínima de três semanas nesta segunda-feira, estendendo as perdas da semana passada devido a um dólar mais firme e preocupações de que as restrições relacionadas ao coronavírus na Ásia, especialmente na China, poderiam diminuir a recuperação da demanda por combustível.
O terrível alerta de um painel das Nações Unidas sobre as mudanças climáticas aumentou o clima sombrio depois que incêndios na Grécia arrasaram casas e florestas e partes da Europa sofreram enchentes mortais no mês passado.
Os contratos futuros do Brent recuaram 1,66 dólar, ou 2,4%, para fechar a 69,04 dólares o barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) caiu 1,80 dólar, ou 2,6%, para fechar a 66,48 dólares.
Esses foram os menores fechamentos para ambas as marcas de referência desde 19 de julho. Durante o dia, o WTI recuou para a sua mínima desde maio.
"Os preços do petróleo estão caindo à medida que uma desaceleração na Ásia atrapalha as perspectivas da demanda", disse Edward Moya, analista de mercado sênior da OANDA, observando que "o tema do dólar mais forte está (também) começando a emergir devido à história de recuperação nos Estados Unidos e que pode ser um entrave de curto prazo para os preços do petróleo".
Os bancos do Wall Street Goldman Sachs, JPMorgan e Morgan Stanley cortaram suas previsões de crescimento da China nesta segunda-feira, após o avanço de exportações desacelerarem inesperadamente e diante de preocupações de que a volta do coronavírus poderia prejudicar a atividade econômica.
(Reportagem de Dmitry Zhdannikov em Londres e Sonali Paul em Melbourne)
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