Alta dos preços ao produtor na China acelera em julho e amplia pressões
A inflação ao produtor na China acelerou em julho em relação ao mês anterior e ficou acima das expectativas do mercado, ampliando a tensão em uma economia que perde o ritmo de recuperação conforme as empresas enfrentam altos custos de matérias-primas.
A segunda maior economia do mundo está a caminho de expandir mais de 8% este ano, mas analistas dizem que a demanda reprimida já chegou ao pico e preveem que o crescimento vai se moderar em meio a gargalos de oferta e surtos da variante Delta da Covid-19.
O índice de preços ao produtor subiu 9,0% na comparação com o ano anterior, igualando a máxima vista em maio, informou nesta segunda-feira a Agência Nacional de Estatísticas. Analistas esperavam em pesquisa da Reuters avanço de 8,8%, o mesmo que em junho.
Na comparação mensal, o índice avançou 0,5%, acelerando ante a alta de 0,3% em junho.
"Acreditamos que as pressões inflacionárias são passíveis de controle, e Pequim não deve exagerar na reação ao dado de inflação de julho mais forte que o esperado", escreveram em nota analistas do Nomura.
"Em vez disso, esperamos que Pequim mantenha seu misto único de política monetária de 'aperto direcionado + afrouxamento universal´ durante o restante do ano."
A China cortou a taxa de compulsório dos bancos em julho, liberando cerca de 1 trilhão de iuanes (154,4 bilhões de dólares). Muitos analistas esperavam outro corte neste ano.
A inflação ao consumidor teve leve desaceleração, mostraram os dados, dando às autoridades espaço para agir se necessário. Comunicado separado da agência mostrou que o índice de preços ao consumidor subiu 1,0% em julho sobre o ano anterior, contra alta de 1,1% em junho e abaixo da meta do governo de cerca de 3% para este ano.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de alta de 0,8%. Na comparação mensal, os preços ao consumidor subiram 0,3%, contra expectativa de alta de 0,2% e recuo de 0,4% em junho.
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