China: Estoques de soja caem à mínima de um mês; país compra 12 navios do BR na semana

Publicado em 05/08/2021 14:55 e atualizado em 05/08/2021 15:42

Logotipo Notícias Agrícolas

Os estoques de soja da China, na semana passada, alcançaram seus menores níveis em um mês, segundo informa o CNGOIC (Centro Nacional de Informações de Grãos e Óleos da China). A baixa se deu, principalmente, pela diminuição da chegada de produto importante nos últimos dias. Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira (5), o analista de mercado Eduardo Vanin, da Agrinvest Commodities, explicou que para estar adequadamente abastecida a nação asiática ainda precisa comprar cerca de 25 milhões de toneladas da oleaginosa até o final de janeiro de 2022. 

Os estoques chineses caíram na semana 680 mil toneladas para chegarem a 6,63 milhões. Na comparação mensal, a baixa é de 330 mil toneladas, porém, na anual, há um aumento de 320 mil toneladas. 

"A chegada de navios de soja caiu em agosto e assim, os estoques também recuaram. E já é possível observar que as as margens de esmagamento das processadoras em algumas plantas de produção de óleo estão negativas refletindo impactos do clima e altos estoques de farelo de soja", diz a nota do CNGOIC. 

No entanto, nos primeiros dias de agosto, as vendas de farelo de soja dispararam na nação asiática, passando de uma média diária de menos de 100 mil toneladas nas últimas semanas para superar as 500 mil nestes 4 primeiros dias do mês. 

Em função das medidas de restrição no país por conta dos novos surtos de Covid-19 com a força da variante delta, "as indústrias de ração, com medo de ficar sem produto , estão comprando mais para compor estoques de farelo. Então, há impactos ruins, mas bons também. O preço do farelo se firma e com as indústrias na China vendendo mais farelo terão que  repor isso com soja importada, tanto para 2021, como para 2022", explica Vanin. 

Também como informou o analista da Agrinvest, a China comprou cerca de 12 navios de soja brasileira nesta semana, para embarques até setembro. Afinal, a partir de outubro, os EUA ganham na competitividade e voltam a ser os principais exportadores pelo preço mais atrativo. 

Nesta quinta-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou uma nova venda de soja de 300 mil toneladas da safra 2021/22 para destinos não revelados e o mercado especula de que seja a China já garantindo volumes da oleaginosa norte-americana para meses mais a frente. 

Ainda assim, o CNGOIC acredita que a chegada de navios nos próximos meses tende a continuar caindo, podendo alcançar as 7,6 milhões de toneladas em agosto, contra 10 milhões de julho, e em setembro, 6,4 milhões de toneladas. 

Dados levantados pela especialista internacional em commodities, Karen Braun, os EUA já venderam 10,6 milhões de toneladas de soja da safra 2021/22. Há um ano, esse volume era de 14,9 milhões de toneladas. Do total, 41% foi vendido para a China. 

Vendas 2122 EUA
Gráfico: Karen Braun

ESTOQUES DE DERIVADOS DE SOJA

O centro ainda informou uma queda nos estoques de farelo de soja chineses de 40 mil toneladas, para 1,13 milhão, sem grandes mudanças. Já os estoques de óleo de soja aumentaram para 930 mil toneladas, com um incremento de 10 mil toneladas na última semana. Em relação ao mesmo período do ano passado são 330 mil toneladas menores.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Por:
Carla Mendes
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário