Abate de aves de corte no RS cai mais de 20% em junho
O número de abates de frango de corte no Rio Grande do Sul caiu 21,1% em junho na comparação com março deste ano, o que corresponde a cerca de 40 mil toneladas a menos comercializadas no Estado. Os números foram consolidados com base na emissão de guia de trânsito animal (GTA) para abate nos dois períodos.
Essa retração ainda reflete o anúncio de algumas indústrias e cooperativas do setor, que decidiram adequar a produção para diminuir os impactos dos altos custos ocasionados pela excessiva elevação dos grãos, principalmente do milho, que registrou um aumento de 90% a 100% nos últimos 12 meses e representa 70% na composição da ração das aves. Já na comparação de janeiro/junho desse ano com mesmo ciclo de 2020, houve registro de abate de aproximadamente 380 milhões de aves em 2021, índice de 5,5% a menos do total do ano passado, que foi de 402,2 milhões de aves abatidas. Os resultados apurados indicam um cenário de queda preocupante para o setor, que já vinha fazendo
esse alerta desde o último trimestre de 2020.
O presidente executivo da Organização Avícola do RS (Asgav/Sipargs), José Eduardo do Santos, afirma que em abril do corrente, os números já demonstravam uma queda de 11,1% em relação ao mês de março passado, algo em torno de 25 mil toneladas de aves que deixaram de ir à venda. “Estamos buscando encontrar equilíbrio entre custos e produção na tentativa de garantir a manutenção das atividades, pois o setor não está conseguindo sustentar os níveis de produção trabalhando com prejuízos constantes”, comenta. Santos enfatiza que esse contexto é ainda pior ao se considerar os efeitos da pandemia e crise hídrica, que geraram aumentos nos preços de outros insumos utilizados no setor, como embalagens, transportes e energia elétrica.
A avicultura produz alimentos em larga escala e de fácil acesso à população, características ou peculiaridades que jamais permitiram, em fases anteriores, aumentos acima de 25 a 30% nos alimentos produzidos pelo setor, no entanto, com a disparada dos custos este cenário deverá ser revisto. O IPC (Índice de Custo de Produção) de junho da Embrapa Suínos e Aves aumentou 52,3% para frangos e 47,5% para suínos.
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