Soja segue em alta na Bolsa de Chicago, apesar das previsões de clima melhor nos EUA

Na Bolsa de Chicago, os futuros da soja continuam subindo no início desta quarta-feira (7). Ganhos de mais de 40 pontos já foram registrados neste pregão, porém, o mercado foi amenizando o movimento de alta e perto de 13h10 (horário de Brasília), as cotações subiam entre 23 e 26,25 pontos. O julho valia US$ 13,90 e o novembro, US$ 13,28 por bushel. 

O mercado retoma boa parte das baixas registradas na sessão anterior, quando terminou o dia com perdas de quase 90 pontos e mantém seu foco total sobre o clima nos Estados Unidos e as previsões melhores para os próximos dias. 

"O mercado está se realocando em posições atrativas para o produtor, já trabalhou com patamares mais altos, mas liquidou um pouco porque o dólar também subiu forte no Brasil. E assim, o mercado fica mais próximo da realidade", explica Vlamir Brandalizze, consultor de mercado da Brandalizze Consulting. 

Parte dos ganhos vem como reflexo do boletim semanal de acompanhamento de safras que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou no final da tarde de ontem, apontando uma ligeira redução no índice de lavouras de soja em boas ou excelentes condições. Na semana, o índice caiu de 60% para 59%, enquanto o mercado esperava por uma manutenção. No ano passado, eram 71%. 

Apesar da leve correção, o mercado segue monitorando as previsões climáticas para o Corn Belt, que ainda apontam para um cenário mais favorável nos próximos dias. 

O mapa do NOAA, o serviço oficial de clima dos EUA, mostra a previsão de chuvas para o período de 7 a 14 de julho, que sinaliza volumes melhores para as Dakotas, leste do Nebraska, sul de Minnesota, além de Iowa, Illinois e Indiana. 

"O clima americano já melhor para os EUA, segundo os mapas do modelo americano, desde domingo. Chuvas para as planícies e muitas chuvas para a parte leste do cinturão, e as temperaturas devem cair acompanhadas de bons volumes de chuvas. Onde está bom, vai ficar ainda melhor. Onde está ruim, pode melhorar um pouco", explica Eduardo Vanin, analista de mercado da Agrinvest Commodities, sobre as condições esperadas para os próximos dez dias.