Soja volta a recuar e fecha com baixas fortes em Chicago; cotações sobem no interior do BR
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago terminaram o dia com perdas de 17 a 20,50 pontos nos principais contratos. O mercado testou nesta terça-feira (22) os dois lados da tabela, mas intensificou suas perdas no meio da tarde e encerrando o dia com US$ 13,94 no contrato julho/21 e com US$ 13,02 no novembro/21.
Como explicaram analistas e consultores, a pressão maior sobre os grãos na CBOT continua chegando pelas previsões climáticas mais favoráveis para o Corn Belt, embora algumas áreas ainda exigem atenção e monitoramento, principalmente nas regiões mais a oeste dos Estados Unidos.
Apesar da divergência que ainda aparece entre os modelos americano e europeu, ambos trazem condições melhores esperadas para os próximos dias, o que poderia, portanto regularizar os preocupantes índices de umidade do solo que têm sido registrados agora e estabilizar o processo de deterioração das lavouras, como explica o analista de culturas da Geosys Brasil, Felippe Reis.
E os dois mapas também, no entanto, ainda sinalizam falta de chuvas para as Dakotas, ou chuvas de volumes bem baixos, além de temperaturas acima da média. Veja a entrevista de Reis ao Notícias Agrícolas na íntegra:
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Além da questão climática, o mercado também segue sentindo a interferência do movimento dos fundos especuladores. "Parece que fundos continuam liquidando (parte de suas posições) porque os preços continuam recuando", explicou Aaron Edwards, consultor de mercado da Roach AgMarketing. "Há uma queda de braço entre os fundos vendendo e preocupações climáticas. E hoje os fundos estavam ganhando".
A notícia de que a China pode influenciar cada vez mais nestes mercados e mais a sinalização do Federeal Reserve recente sobre os juros americanos provocou uma despencada geral dos ativos e fez com que os investidores reduzissem subsatancialmente suas posições compradas nas commodites.
"As posições compradas na soja reduziram ao menor volume em dez meses na semana encerrada em 15 de junho, e para o milho em seis", informou a agência de notícias Bloomberg citando dados da US Futures Commodityt Futures Trading Comission.
MERCADO NACIONAL
Nos portos do Brasil, os preços recuaram nesta terça-feira refletindo as perdas não só dos futuros negociados na Bolsa de Chicago, como do dólar frente ao real, que passou de 1%. Assim, as perdas nos terminais variaram entre 1,28% e 2,67%, com as referências ficando entre R$ 153,00 e R$ 154,00 para o disponível e entre R$ 146,00 e R$ 148,00 para os primeiros meses de 2022.
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No interior, as cotações cederam, porém, não de forma generalizada. Enquanot Londrina, no Paraná, perdeu 0,71% para R$ 140,00 por saca no disponível, Primavera do Leste no Mato Grosso subiu 1,71% para R$ 142,40.
Os negócios seguem lentos, com os vendedores evitando ir a mercado diante do mercado pressionado e das referências mais baixas agora.
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