Alface/Cepea: Clima frio reflete em quedas no consumo e no preço das folhosas
O mês de abril foi marcado por quedas das cotações de alface nas praças paulistas acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Com a chegada do outono, as temperaturas caíram e afetaram ainda mais o consumo da folhosa, cujo escoamento já estava limitado pelo fechamento de importantes canais de venda, por conta da pandemia. Desta forma, a demanda de mercados e feiras, que estava sustentando os valores, diminuiu, gerando sobras no atacado e em algumas lavouras. Assim, produtores e atacadistas obtiveram preços menos atrativos do que no mês anterior.
Em Mogi das Cruzes (SP), a oferta esteve controlada ao longo de abril, o que atenuou a queda dos valores – a crespa finalizou a R$ 1,03/unidade, desvalorização de 5,04% em relação a março. No atacado, a diminuição da procura foi mais expressiva e, mesmo com a reabertura parcial de bares e restaurantes no fim do mês, os níveis de vendas não foram suficientes para impedir a baixa nos preços. Assim, a crespa teve queda acentuada de 20,4%, também frente a março, fechando à média de R$ 0,66/unidade.
Na outra praça paulista (Ibiúna), a oferta de produtos esteve restrita no início do mês, por conta do clima, mas a produção se elevou com o passar dos dias e o aumento da disponibilidade foi responsável por decréscimos nos valores. Com isso, a crespa fechou o mês à média de R$ 0,68/unidade, baixa de 14,3% na comparação com março.
PERSPECTIVAS – Para maio, o clima mais ameno deve continuar refletindo negativamente no consumo de alface e, assim, produtores iniciarão as retrações na área de plantio ou as substituições por culturas de inverno, como repolho, couve e brócolis (como tradicionalmente ocorre neste período).
Desta forma, em decorrência da menor procura, novas desvalorizações podem ser observadas nas próximas semanas. Porém, a reabertura de alguns setores comerciais pode favorecer o mercado da folhosa, fazendo com que as cotações não sejam prejudicadas de maneira expressiva.
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