Importação de milho vale a pena dependendo da origem e da localidade de destino

Publicado em 14/04/2021 10:20 e atualizado em 14/04/2021 15:14
Marcos Araújo - Analista da Agrinvest
Analista da Agrivest explica que quem for importar milho neste momento precisa fazer as contas e calcular os gastos com impostos e fretes para saber se o negócio vale a pena ou não. Milho argentino pode ser vantajoso no Sul do Brasil e milho norte-americano pode ter espaço no Nordeste

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Importação de milho vale a pena dependendo da origem e da localidade de destino

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Na última sexta-feira (09) houve a confirmação da compra de 2 navios com milho da Argentina para abastecer produtores de proteína animal no Brasil. Mas será que este tipo de negociação, buscando o grão fora do país vale a pena neste momento?

Segundo o analista da Agrinvest, Marcos Araújo, a resposta vai depender de onde será a entrega e de qual será a origem do cereal. A busca de milho na Argentina para o oeste de Santa Catarina, por exemplo, chegaria à região ao redor de R$ 98,00 (já com frete) e seria uma movimentação vantajosa. Já esse mesmo milho argentino não seria viável para entregas em Minas Gerais ou Goiás, por exemplo.

Outra destinação possível seriam os Estados Unidos, mas o milho norte-americano chegaria ao oeste catarinense acima dos R$ 110,00 a saca, por tanto mais caro do que os preços internos no Brasil. Por outro lado, para consumidores localizados no Nordeste pode ser vantajosa essa compra.

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O analista aponta que essa escassez de milho vai seguir no Brasil durante o restante deste primeiro semestre, quando o país precisará de, aproximadamente, 1 milhão de toneladas para cobrir a demanda. No segundo semestre os volumes da safrinha vão entrar no mercado e amenizar essa situação.

Araujo destaca ainda que, mesmo havendo quebra de produção na segunda safra, o Brasil terá volume suficiente para abastecer o mercado interno uma vez que as exportações devem perder força devido ao alto custo do milho brasileiro, hoje um dos mais caros do mundo.

Confira a íntegra da entrevista com o analista da Agrinvest no vídeo.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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