CNA e Federações debatem ferramentas de gestão de risco à cafeicultura
A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na segunda (12), para debater o desenvolvimento de ferramentas de gestão de risco à cafeicultura, que podem ser operacionalizadas com os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
O presidente da Comissão Nacional do Café, Breno Mesquita, citou a proposta apresentada pela CNA ao Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) para a contratação de uma consultoria para a reestruturação do Funcafé e o desenvolvimento de instrumentos que beneficiem o setor produtivo, principalmente os de gestão de riscos de preços ao produtor.
“Essas ferramentas são fundamentais para o equilíbrio em todos os elos da cafeicultura e serão desenvolvidas para garantir que os recursos sejam empregados sem o comprometimento da remuneração do Funcafé. O objetivo da consultoria é modernizar o Fundo para torná-lo um instrumento ainda mais efetivo no amparo à cafeicultura”, disse Mesquita.
O Funcafé terá orçamento recorde de R$ 5,9 bilhões para a safra 2021/2022. Os montantes aprovados pelo CDPC para as linhas de custeio e comercialização foram de R$ 1,6 bilhão e R$ 2,2 bilhões, respectivamente. O setor produtivo contará ainda com R$ 160 milhões para recuperação de cafezais danificados, recursos que podem ser demandados por produtores que tiveram sua produção comprometida por eventos climáticos adversos, como seca e granizo.
Outros segmentos da cafeicultura vão contar com os valores de R$ 1,3 bilhão para a linha de Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e R$ 630,5 milhões para capital de giro. Os recursos do Funcafé serão liberados de forma antecipada em relação ao Plano Safra.
Durante a reunião virtual, o presidente Breno Mesquita também destacou a importância das Federações reforçarem os cuidados necessários que os produtores e colaboradores devem ter durante a colheita do café para evitar o contágio de Covid-19. Junto a essa ação, foi enfatizada a necessidade de promoção do trabalho decente na atividade, que deve ter especial atenção no período de colheita.
“O objetivo é preservar a saúde dos cafeicultores e colaboradores, além de ressaltar o compromisso do setor com o comprometimento da legislação trabalhista”, disse.
Ainda no encontro, a coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande, apresentou um estudo sobre o mercado chinês de café, elaborado pelo escritório internacional da CNA em Xangai, em parceria com a InvestSP.
Segundo o documento, o café solúvel é o principal tipo do produto consumido pelo asiático, mas o estudo aponta que há espaço para outros tipos de preparo, além de excelente oportunidade para maior representatividade do café brasileiro. “Estima-se que o café torrado e moído possa se tornar um mercado incremental ao solúvel quando a percepção do café na China sofrer uma transição de “produto de luxo” para bebida de hábito diário”, diz a publicação.
Clique aqui para ler o estudo.
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