Elevação parcial de navio encalhado aumenta esperança de reabertura do Canal de Suez
Um gigantesco navio porta-contêiner encalhado que bloqueia há quase uma semana o Canal de Suez, no Egito, foi parcialmente elevado, disse a Autoridade do Canal de Suez (SCA) nesta segunda-feira, o que gera esperanças de que o canal possa ser reaberto em breve para uma grande quantidade de navios que estão à espera.
Com 400 metros de comprimento, o Ever Given ficou encalhado diagonalmente em um setor do sul do canal devido a ventos fortes na manhã da última terça-feira, interrompendo o tráfego na mais curta rota de navegação entre a Europa e a Ásia.
Depois de dragagens e escavações adicionais durante o final de semana, agentes de resgate da SCA e uma equipe da empresa holandesa Smit Salvage trabalhavam para liberar o navio usando rebocadores nas primeiras horas desta segunda-feira, disseram duas fontes marítimas e comerciais.
A SCA disse que o Ever Given foi praticamente endireitado ao longo da margem leste do canal e que operações de reboque adicionais serão retomadas assim que a maré subir ainda nesta segunda-feira.
O tráfego marítimo pelo canal recomeçará assim que o navio for direcionado para a área dos lagos – um setor mais amplo do canal, acrescentou a entidade.
Ao menos 360 embarcações estavam esperando para atravessar o canal, incluindo dezenas de navios-contêiner, graneleiros, navios-tanque e unidades de gás natural liquefeito (LNG) e gás de petróleo liquefeito (LPG), disse o presidente da SCA, Osama Rabie.
A SCA disse que pode acelerar comboios pelo canal assim que o Ever Given for liberado.
"Não desperdiçaremos um segundo", disse o chefe da SCA.
Rabie disse que podem ser necessários de dois dias e meio a três dias para liberar o acúmulo de navios gerado pelo encalhe, mas o grupo do setor de transporte marítimo Maersk disse que o efeito em cascata da interrupção nas remessas globais pode perdurar por semanas ou meses.
"Temos movimento, o que é boa notícia. Mas eu não diria que vai ser moleza agora", disse Peter Berdowski, presidente-executivo da Boskalis, empresa do mesmo grupo da Smit Salvage, responsável pelo resgate, a uma rádio estatal da Holanda.
Água em alta pressão será injetada sob a proa no navio, que ainda está preso, para retirar areia e argila. Se isso não funcionar, contêineres podem ter que ser retirados da embarcação, o que causaria um atraso considerável, disse ele.
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