Fed vê crescimento mais alto e inflação acima da meta este ano, mantém juros
Por Howard Schneider e Ann Saphir
WASHINGTON (Reuters) - O Federal Reserve projetou nesta quarta-feira um rápido salto no crescimento econômico dos Estados Unidos este ano, à medida que a crise da Covid-19 perde força, e repetiu a promessa de manter sua meta de juros próxima de zero nos próximos anos.
O banco central norte-americano agora vê a economia crescendo 6,5% em 2021, com a taxa de desemprego caindo para 4,5% até o final do ano, em comparação com crescimento de 4,5% e desemprego de 5% projetados em sua reunião de política monetária de dezembro.
O ritmo de altas de preços deve agora superar a meta de 2% do Fed para o ano, atingindo 2,4% antes de cair de novo em 2022.
"Indicadores de atividade econômica e emprego subiram", disse o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em um comunicado que manteve a taxa de juros de referência em uma faixa de zero a 0,25%.
A melhora no cenário econômico do Fed não alterou imediatamente as expectativas das autoridades em relação aos juros. Sete de 18 autoridades agora esperam alta em 2023, contra cinco em dezembro.
Quatro autoridades agora acham que pode ser necessário aumentar os juros já no próximo ano, contra zero em dezembro.
O chair do Fed, Jerome Powell, fará uma entrevista coletiva às 15h30 para discutir o resultado da última reunião de política monetária.
As projeções trimestrais divulgadas nesta quarta-feira foram as primeiras do banco central norte-americano desde dezembro e incorporam desdobramentos como a distribuição de vacinas contra o coronavírus e a aprovação de dois pacotes de gastos federais nos EUA, totalizando cerca de 2,8 trilhões de dólares.
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