Alface/Cepea: Com chuvas, ano se inicia com problemas de produção e qualidade
O clima chuvoso tem prejudicado a produção das alfaces paulistas e, consequentemente, a qualidade das folhosas comercializadas neste mês. Mesmo com uma oferta mais restrita, as cotações não apresentaram grande reação no início de janeiro, por conta do baixo movimento em mercados, sacolões e hortifrútis. Entretanto, o hábito de maior consumo de folhosas nesta época do ano, com o clima mais quente, pode estimular um aumento dos preços nesta segunda quinzena, dando fôlego aos produtores para a sequência da safra de verão.
Desta forma, mesmo com as vendas ainda não atingindo os níveis de janeiro do ano passado, também por conta das restrições da pandemia sobre os estabelecimentos, produtores afirmam que a demanda pelo produto está mais atrativa em relação a dezembro/20. Na região de Mogi das Cruzes (SP), do dia 1° a 15/01, os preços da americana tiveram aumento de 4% em relação a dezembro, com média de R$ 15,29/cx com 12 unidades. Na Ceagesp, as alfaces hidropônicas se destacaram e tiveram alta expressiva: além da oferta mais restrita, a perda de qualidade (devido às chuvas) foi menos significativa em comparação com as convencionais. Assim, a variedade fechou a parcial de janeiro com média de R$ 20,00/cx com 24 unidades, valor 21,9% superior, na mesma comparação.
A leve melhora nos preços ainda não foi suficiente para mudar o comportamento cauteloso dos produtores em relação a investimentos. Isto pôde ser observado na comercialização de bandejas produzidas em dezembro e colhidas em janeiro deste ano, que se reduziu em quase 10% quando comparado ao número de mudas produzidas em dezembro de 2019. Este cenário de atenção dos alfacicultores deve permanecer até a retomada total do funcionamento de escolas, bares e restaurantes.
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