Mercado do sebo bovino em 2020 foi impulsionado pelos preços da soja e pandemia, alta foi de 155,7% comparado com a Jan/20
A demanda por sebo bovino aumentou neste ano de 2020 diante da maior necessidade de usar produtos de higiene com a pandemia do Covid- 19 e biodiesel, o que resultou em ganhos continuos de preços até o mês de outubro, onde o produto bateu na casa dos R$ 6,01/kg, valorização de 155,7% comparado com janeiro/20.
De acordo com a Analista de Mercado da Scot Consultoria, Thayná Drugowick, a higiene é uma das formas de combate ao vírus e produtos como sabão e sabonetes registraram aumento na demanda. “Esse cenário associado à oferta enxuta de animais devido à queda no número de abates e a concorrência pelo produto com o setor de biodiesel elevou os preços do sebo”, apontou.
Os preços do sebo bovino apresentaram valorizações desde setembro de 2019, puxadas principalmente pelo setor de biodiesel. Em janeiro desse ano, o sebo bovino no Brasil Central estava cotado em R$ 2,35/kg, livre de impostos, conforme foi divulgado no levantamento da Scot Consultoria.
Diante da valorização dos preços da soja, uma das principais matéria prima para a produção de biodiesel, as usinas de biodiesel tiveram que usar uma porcentagem maior de sebo bovino na produção do biocombustível, refletindo em aumento da demanda pelo produto no mercado interno.
A expectativa é que a demanda por sebo bovino deverá continuar firme no médio e longo prazo. Já a oferta de sebo em 2021 tende continuar enxuta, visto que ainda estaremos em ano de retenção de fêmeas, resultando em menor número de animais abatidos.
“Vale ressaltar que o mercado é dinâmico e devemos ficar atentos à evolução da pandemia. O câmbio é outro ponto de atenção, pois pode determinar o volume que é importado de óleos e gorduras animais”, informou.
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