Molion alerta para veranicos entre janeiro e fevereiro e destaca clima favorável para culturas de segunda safra

Publicado em 29/12/2020 09:30 e atualizado em 03/01/2021 11:26
Luiz Carlos Molion - Climatologista
Lavouras nos EUA podem ter ano difícil com redução da janela produtiva por causa do frio

Podcast

Molion alerta para veranicos entre janeiro e fevereiro e destaca clima favorável para culturas de segunda safra

Download

LOGO nalogo

Descartando as chances de um La Niña, em entrevista ao Notícias Agrícolas, Luiz Carlos Molion afirma mais uma vez que a preocupação maior é com as chuvas entre o final de janeiro e fevereiro, onde o sistema que resulta em baixa pressão deve voltar a deixar parte do país com chuvas irregulares, semelhante ao cenário observado neste momento. "Vai reduzir as chuvas significativamente, pelo menos 20 ou 25%, crendo eu que o mês de fevereiro deverá ser o mais crítico", comenta.

As previsões do climatologista mostram ainda que o retorno das chuvas deve acontecer também para boa parte do país. "Se as frentes pararem de entrar até a nossa região equatorial a alta pressão se restabelece e as frentes vão se deslocar mais devagar", comenta.

Em vídeo enviado à redação, Molion explica detalhadamente os fatores técnicos. Segundo a explicação, de fato as temporaturas da região Niño e Niño 3.4 estão ligeiramente negativas. "Mas isso não é suficiente para afirmar que haverá um evento La Niña e qual a sua intensidade", afirma Molion. 

O vídeo mostra ainda que outras variáveis meteorológicas não estão de acordo com as condições de um La Niña clássico. Segundo Molion, "o vento não está forte, soprando da costa da América do Sul em direção ao Pacífico Central (Leste para o Oeste)".

Afirma ainda que o índice de oscilação - que uma medida da diferença de pressão atmosférica entre o Pacífico Central e o Norte da Austrália - está em torno de 4 quando deveria estar, e persistir, acima de 7. Por último, Molion destaca que o fluxo da radiação infravermelha perdida para o espaço deveria estar maior do que o observado. 

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Notícias Agrícolas

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

2 comentários

  • wenderson lambert pouso alegre - MG

    No video, ele cita sudeste com indices de chuva baixas, so que no grafico apresentado o Molion se esquece de informar que é uma parte do sudeste, ali fica claro parte do oeste de sao paulo e triangulo mineiro que ficaram com chuvas abaixo da media e as demais partes do sudeste chuvas dentro da media ou acima dela,... so que nao explicam isto e ja começam a fazer aquele sensacionalismo.

    1
  • Mauro Costa Beber Condor - RS

    Boa tarde! Assisti a entrevista com o Prof. Molion e quero fazer algumas observações. No ano de 2005 a temperatura do oceano Pacífico central, Niño 3.4, estava em janeiro com uma anomalia positiva de + 0,6°C, hoje está com anomalia de -1,0°C, ... como comparar 2021 com 2005 se os oceanos estão com temperaturas tão diferentes?!. Em 2005 praticamente não choveu no Rio Grande do Sul em fevereiro, aqui choveu 2 mm, havia uma neutralidade positiva no Pacífico central, como em 1991, 2004 e 2020, anos de muitas estiagens no Rio Grande do Sul. Isso aconteceu em 2005 porque houve um grande resfriamento do oceano Atlântico na faixa sul do Brasil, assim com nos outros anos de neutralidade com viés positivo, que não é o que está acontecendo neste ano,... ao contrário, o Atlântico está mais aquecido... Eu estudei muito o clima do Rio Grande do Sul e vejo a possibilidade de termos chuvas um pouco abaixo da média nos próximos 3 meses, mas por causa do La Niña que o Molion diz não estar fazendo com que o tempo esteja se comportando como um La Niña. Espero que as previsões do Prof. Molion mudem nos próximos meses e que clima ajude os gaúchos no ano de 2021. Um próspero ano novo a todos os agricultores do Brasil.

    0