Prendam a respiração...As vacinas darão conta do vírus mutante? mercados estão com o dedo no gatilho
OMS diz não haver necessidade de grande alarme sobre nova cepa do coronavírus
GENEBRA/ZURIQUE (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu cautela nesta segunda-feira contra um grande alarme em torno de uma nova cepa do coronavírus altamente infecciosa que surgiu no Reino Unido, mencionando que isso era uma parte normal do desenvolvimento da pandemia.
Autoridades da OMS até colocaram uma luz positiva sobre a descoberta de novas variantes que levaram uma série de países alarmados a imporem restrições de viagem ao Reino Unido e à África do Sul, dizendo que novas ferramentas para rastrear o vírus estavam funcionando.
"Temos que encontrar um equilíbrio. É muito importante ter transparência, é muito importante dizer ao público como é, mas também é importante deixar claro que isso é uma parte normal do desenvolvimento do vírus", afirmou Mike Ryan, principal especialista em emergências da OMS, em um briefing online.
"Ser capaz de rastrear um vírus tão de perto, tão cuidadosamente, cientificamente em tempo real é um desenvolvimento realmente positivo para a saúde pública global, e os países que fazem esse tipo de vigilância devem ser elogiados."
Mencionando dados do Reino Unido, as autoridades da OMS disseram não ter nenhuma evidência de que a variante deixasse as pessoas mais doentes ou fosse mais letal do que as cepas existentes da Covid-19, embora parecesse propagar-se de forma mais fácil.
Os países que impuseram restrições às viagens agiram com muita cautela ao avaliar os riscos, disse Ryan, acrescentando: "Isso é prudente. Mas também é importante que todos reconheçam que isso acontece, essas variantes ocorrem."
Autoridades da OMS disseram que as mutações do coronavírus têm sido muito mais lentas do que as apresentadas com a gripe e que mesmo a nova variante do Reino Unido permanece muito menos transmissível do que outras doenças, como a caxumba.
Eles disseram que as vacinas desenvolvidas para combater a Covid-19 devem lidar com as novas variantes também, embora checagens estejam em andamento para garantir que esse seja o caso.
"Até agora, embora tenhamos visto uma série de mudanças, uma série de mutações, nenhuma teve um impacto significativo na suscetibilidade do vírus a qualquer um dos tratamentos, medicamentos ou vacinas em desenvolvimento atualmente utilizados e se espera que continuará a ser assim", disse a cientista-chefe da OMS, Soumya Swaminathan, em briefing.
A OMS afirmou que espera obter em alguns dias ou semanas mais detalhes sobre o potencial impacto da nova cepa do coronavírus altamente infecciosa.
Temores sobre nova cepa de vírus levam ações europeias a pior liquidação em quase 2 meses
(Reuters) - As ações europeias tiveram firme queda nesta segunda-feira, na pior sessão em quase dois meses, com a rápida disseminação de uma nova cepa do coronavírus forçando restrições mais rígidas na Inglaterra e a proibição de viagens por vários países.
O índice FTSEurofirst 300 caiu 2,38%, a 1.492 pontos, enquanto o índice pan-europeu STOXX 600 perdeu 2,33%, a 387 pontos, seu menor patamar desde meados de novembro.
O Reino Unido impôs um lockdown e reverteu planos para reduzir as restrições durante o Natal, já que a nova cepa é até 70% mais transmissível do que a original.
Vários países de todo o mundo fecharam suas fronteiras com o Reino Unido, com a proibição da vizinha europeia França também incluindo transportadoras de carga.
Uma queda na libra limitou as perdas no FTSE, de Londres.
"Os mercados estão cambaleando com a última reviravolta na crise do coronavírus, que ofuscou as perspectivas para o restante de 2020 e grande parte do primeiro trimestre de 2021", disse o diretor de investimentos da AJ Bell, Russ Mold.
As ações de viagens e lazer registraram seu pior dia em três meses.
S&P 500 reduz perdas com expectativa de aprovação de estímulos
NOVA YORK (Reuters) - O índice S&P 500 ainda caía nesta segunda-feira, mas estava bem distante das mínimas da sessão, já que investidores lidavam com o surto de uma nova cepa ameaçadora de Covid-19 e com a provável aprovação de um pacote de estímulo há muito aguardado nos Estados Unidos.
O Nasdaq também recuava, mas o Dow Jones reverteu a queda e subia, amparado por ações do setor financeiro.
"Minha sensação é que o ar está saindo do balão", disse Oliver Pursche, presidente da Bronson Meadows Capital Management em Fairfield, Connecticut. "Nós adiantamos as coisas em termos de performance do mercado e ainda temos obstáculos econômicos significativos."
As oscilações das ações não são surpreendentes, visto que é semana de Natal.
Às 16:13 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,17%, a 30.230 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,333207%, a 3.697 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 0,22%, a 12.728 pontos.
"Melhor do que nada", alívio à COVID-19 de US$900 bi ajuda, mas decepciona
O pacote de alívio de 900 bilhões de dólares dos Estados Unidos à pandemia, que deve ser aprovado pelo Congresso nesta segunda-feira, dará apoio a uma economia atingida pela recessão, que tem desacelerado diante de um aumento do coronavírus, e abrirá caminho para uma recuperação mais forte no próximo ano à medida que as vacinas se tornem disponíveis de forma mais ampla, disseram economistas.
Mas o auxílio vem meses depois que o último grande pacote de alívio fiscal foi aprovado e carece de ajuda direta para Estados e cidades em dificuldades, já que milhões continuam desempregados e as empresas sofrem novamente com novas restrições para reduzir a propagação do vírus.
"Embora o acordo esteja com meses de atraso e provavelmente fique aquém do que é necessário para evitar um inverno difícil, é melhor do que nada", disse Gregory Daco, economista-chefe da Oxford Economics para os Estados Unidos.
Mesmo antes de ser firmado, há um intenso debate sobre se será necessário mais auxílio e se o pacote alcançará os norte-americanos mais necessitados.
Ainda assim, a presidente do Federal Reserve de São Francisco, Mary Daly, chamou a ajuda de "inequivocamente benéfica" em uma entrevista no domingo no programa "Face the Nation", da CBS.
TRAVESSIA PARA TEMPOS MELHORES
A economia norte-americana está cerca de 1 trilhão de dólares menor do que estaria sem a pandemia e a recessão como resultado.
A estimativa é baseada na diferença entre o ritmo em que a produção econômica caminha neste ano antes do início da crise sanitária - a economia começou 2020 em cerca de 21,7 trilhões de dólares - e onde está agora.
O novo cálculo, com aproximadamente o tamanho dessa lacuna, contém 166 bilhões de dólares para cheques diretos para a maioria dos norte-americanos, 120 bilhões de dólares em pagamentos extras de seguro desemprego aos desempregados e quase 300 bilhões de dólares em novos empréstimos do "Programa de Proteção ao Pagamento" (PPP, na sigla em inglês) para empresas que mantêm os funcionários em seus quadros, entre outras coisas.
Dólar reduz alta com perda de fôlego da moeda no exterior
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar desacelerava os ganhos frente ao real na tarde desta segunda-feira, subindo menos de 1% depois de disparar 2,8% na máxima de mais cedo, conforme a moeda norte-americana também perdia fôlego no exterior e os mercados em Wall Street esboçavam alguma reação.
O dólar à vista subia 0,81%, a 5,1259 reais, depois de saltar 2,78%, a 5,226 reais, na máxima alcançada na primeira hora de negócios.
No exterior, o índice do dólar caía 0,15%, revertendo alta de 0,82% de mais cedo. O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York subia 0,19%, depois de cair 1,4% na mínima do pregão.
Os mercados reagiram mal a notícias sobre nova cepa mais contagiosa do coronavírus e seus efeitos iniciais, como novo lockdown no Reino Unido e suspensão por alguns países de voos vindos de território britânico. Mas analistas seguem mirando o avanço de vacinas, além de resultados de testes de estresse no setor bancário conduzidos pelo Federal Reserve.
Além disso, o Banco Central continua a injetar dólares novos no sistema. Nesta segunda, o BC vendeu todos os 16 mil contratos de swap cambial ofertados, o mesmo que 800 milhões de dólares.
Minério de ferro na China salta quase 10% com apostas de forte demanda
MANILA (Reuters) - Os futuros do minério de ferro na bolsa chinesa de Dalian saltaram quase 10% nesta segunda-feira, com os ganhos no material utilizado na fabricação do aço sendo ampliados em meio a perspectivas otimistas de demanda em 2021 e crescentes preocupações com a oferta.
O minério de ferro tem se destacado como a commodity de melhor desempenho neste ano entre as principais negociadas pelo mundo, com alta de quase 140%, o que alguns analistas e operadores de mercado também atribuem a grandes apostas especulativas.
O minério de ferro na bolsa de Dalian encerrou a sessão do dia com alta de 9,7%, a 1.144,50 iuanes por tonelada (174,76 dólares) por tonelada, após chegar a tocar máxima do contrato de 1.147 iuanes.
Um deslizamento de terra em uma mina da Vale perto do local do desastre de Brumadinho (MG) em 2019 soterrou e matou um trabalhador na sexta-feira, informou a empresa em comunicado, o que aumentou preocupações com as operações de minas.
Na bolsa de Cingapura, o minério de ferro avançou 8,7%, para um recorde de 176,20 dólares por tonelada.
A China, maior fabricante de aço do mundo, deve aumentar sua produção no próximo ano em comparação com 2020, segundo uma consultoria do governo, que prometeu manter políticas de apoio à recuperação da economia.
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