Menor demanda de países árabes e dólar impactam preços do frango brasileiro no mercado internacional, diz ABPA
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Entrevista com Luiz Rua - Gerente de Mercados da ABPA sobre as Exportações de Suínos
DownloadApesar de o Brasil ter mantido praticamente o mesmo volume exportado de carne de frango entre janeiro e outubro deste ano na comparação com o mesmo período de 2019, houve queda na receita e no preço pago por quilo do produto. De acordo com Luiz Rua, gerente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), os principais fatores que impactaram os valores foi a desvalorização do real frente ao dólar e o recuo nas compras de alguns países, principalmente no Oriente Médio.
Conforme informações da ABPA trazidas por Rua, de janeiro a outubro deste ano, comparado a igual período de 2019, houve leve alta de 0,2% no volume exportado de carne de frango in natura, processada, salgada ou industrializada. Entretanto, a receita com os embarques recuou 13%, e o preço em dólar pago pelo quilo da proteína caiu 13,1%.
"Isso é o efeiro da desvalorização do real, uma das moedas que mais teve recuo frente ao dólar, o que tornou o frango brasileiro mais competitivo, e a boa notícia é que o país continuou exportando bem mesmo em tempo de pandemia. Além disso, países como a Arábia Saudita e Emirados Árabes, que têm turismo forte, recuaram nas compras devido ao isolamento social por causa da pandemia, mas a partir de agosto, começaram uma retomada", disse.
O consumo interno também tem auxiliado no escoamento da produção, segundo Rua, com apoio do Auxílio Emergencial, pontuando que 57% do valor cedido pelo Governo Federal foi utilizado para a compra de alimentos e que o consumo per capita de carne de frango no Brasil deve aumentar este ano, chegando a 45kg no ano.
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