Auxílio emergencial não será para sempre, reafirma Bolsonaro; e volta a defender a indicação de Kassio

Publicado em 09/10/2020 10:49

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(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta sexta-feira, em viagem ao Pará, que o auxílio emergencial não será pago para sempre e que, apesar do valor baixo para os beneficiários, é muito caro para a União, ao mesmo tempo que ressaltou que outras medidas tomadas pelo governo farão que o país volte em breve à normalidade.

Esta semana, o governo negou a intenção de estender o auxílio para os primeiros meses de 2021 e também de estender o orçamento de guerra para o próximo ano. Informações de que medidas nesse sentido estariam sendo analisadas abalaram o mercado financeiro.

O auxílio emergencial foi estendido de setembro até dezembro com um valor menor, de 300 reais por beneficiário, metade do pago inicialmente.

O governo estuda, com o Congresso, a criação do Renda Cidadã, uma extensão do Bolsa Família, com valor maior e mais famílias atendidas, mas ainda não encontrou uma fonte de financiamento suficiente e que não viole o teto de gastos.

Bolsonaro reforça defesa à indicação de Kassio Nunes ao STF em meio a críticas

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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro reforçou nesta quinta-feira a defesa à indicação do desembargador Kassio Nunes para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), rebatendo os diferentes ataques e cobrando "inteligência para criticar", e reclamou principalmente das críticas vindos da própria direita.

Bolsonaro rebateu comentários de que Nunes seria abortista, petista --por ter virado desembargador do Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1) por escolha da então presidente Dilma Rousseff--, desarmamentista e se posicionado a favor da liberdade de Cesare Battisti, italiano condenado por homicídio que recebeu asilo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O presidente destacou, em transmissão nas redes sociais, que não competia mais ao desembargador decidir sobre a permanência ou extradição de Battisti, quando uma turma que integrava apreciou um processo que envolvia o italiano, porque o STF já havia decidido que cabia ao presidente se manifestar.

"No mínimo (precisa de) inteligência para criticar, é triste tratar dessa forma as pessoas", protestou, reclamando principalmente dos ataques vindos da direita.

Apesar da defesa da indicação, o presidente não fez qualquer comentário sobre reportagens que órgãos de imprensa têm feito sobre cursos que Nunes diz ter feito em seu currículo, mas que tem sido contestados.

Nunes foi indicado para a vaga aberta pela aposentadoria do ministro do STF Celso de Mello, magistrado alvo de críticas do presidente que se aposenta no próxima terça-feira após 31 anos na corte.

Exaltado em alguns momentos da transmissão, chegando a falar palavrões, Bolsonaro disse que se tem alguém melhor do que ele que apareça para disputar a Presidência em 2022. Afirmou que, se não estiver bem avaliado, não concorrerá à reeleição.

"Agora, se tem alguém melhor do que eu, que tem por aí, esse cara tem que aparecer, tem milhares de pessoas melhores do que eu, ter coragem de disputar uma eleição, fazer campanha sem recurso", disse.

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Fonte:
Reuters

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