Dama e Marhe abocanham os pivôs e mudam o mercado de Feijão-carioca

Publicado em 02/09/2020 07:00 e atualizado em 09/09/2020 11:25

Dentro do PNF – Preço Nacional do Feijão, durante os meses de julho e agosto, as cultivares que obtiveram a maior quantidade de citações, portanto, com forte indicativo de terem sido as mais plantadas, foram por ordem o Dama com 37 e o Marhe, seguido pelo Agronorte, Estilo e Perola. Os relatos de vendas do PNF são espontâneos e não devem ser tomados como números absolutos mas dão uma ideia do que foi plantado. O Feijão que “aguenta barracão” inverteu o jogo de vez este ano. Talvez possamos pensar: “mas este ano está colhendo e vendendo”. Sim, é verdade, porém, se não fossem variedades como estas, o produtor teria que ter vendido tudo de uma vez, sem a menor possibilidade de esperar um melhor momento. Esta tecnologia e tantas outras menos perceptíveis visualmente merecem o reconhecimento de todos nós, tanto a EMBRAPA, quanto o IAC, o IAPAR, a EPAMIG, a AGRONORTE e a TAA têm trabalhado para que esta tecnologia esteja disponível para o produtor tirar proveito. Se você não está utilizando o anexo 33, que prevê o seu direito de plantar semente própria, você está tirando do seu futuro tecnologias que talvez  pudessem mais rapidamente fazer o Feijoeiro ser mais produtivo ou resistente a algumas pragas e o resultado viria para você também. Sabe o que você sente quando descobre que parte de seu gado foi roubado ou seus defensivos foram levados embora por alguém que não pagou por eles? É isso que o pesquisador sente. Acabou a era em que isto era normal. A corrupção do sistema que nos rodeia estranhamente pune os gananciosos, pode levar uma tempo, mas pune. Ontem um produtor dizia que iria procurar uma forma de mudar isso, que para ele era aparentemente normal. “Enquanto era algo longe da minha realidade, não sabia quem eram as pessoas envolvidas, era uma coisa. Hoje é outra. Encontro sempre estes pesquisadores que gastaram centenas de horas para poder chegar a fazer evoluir pesquisas que colocam dinheiro no meu bolso”. Pense nisso, e somente você pode responder e ser o juiz de si mesmo, você realmente precisa sonegar este direito do seu futuro, que a pesquisa poderia estar entregando desde agora e no futuro benefícios para produtores, quem sabe seus filhos? Enquanto pensa nisso, aproveite e saboreie a sua vitória. Sim, o Feijão-carioca  bateu os R$ 300. Terá momento de recuo e novas acelerações, mas usufrua, você que faz parte desse mercado cheio de adrenalina que, pelo lado de quem produziu, é hora de compensar merecidamente perdas do passado, já pelo lado dos empacotadores e cerealistas o faturamento tende a ser maior e também pode resultar em ganho, se bem administrado. Com negócios desde R$ 260 no Mato Grosso, passando por R$ 280/290 em Goiás e batendo entre R$ 290 e até R$ 300 em Minas Gerais, o mercado foi para lavar a alma.

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Fonte:
IBRAFE

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