Julho deve fechar com alojamento de cerca de 560mi de pintos de corte, com demanda e oferta equilibrados

O mês de julho se encaminha para o final com a perspectiva de manutenção no número de pintos de corte alojados semelhante ao que foi no mês anterior, de acordo com o presidente da Associação Brasileira de Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors. Os alojamentos em julho devem ficar perto da casa das 560 milhões de aves, número que pode se repetir em agosto.

Segundo Kors, a demanda por pintinhos de um dia segue aquecida, ajudada, principalmente, pela competitividade da carne de frango frente às proteínas bovina e suína. 

"A oferta também está boa, equilibrada com a demanda, já que o mês de julho tem mais dias para a produção dos pintos de corte", disse. 

As exportações da proteína avícola estão aquém do esperado, na opinião de Kors, devendo fechar julho com cerca de 360 mil toneladas embarcadas, quando o esperado seria 400 mil toneladas. 

"Apesar disso, a conta entre produção e consumo está fechando muito mais pela demanda no mercado interno, por causa do preço das demais carnes", afirmou. 

Apesar dessa competitividade ter gerado um movimento de recuperação nos preços nas últimas semanas, os custos de produção ainda são desafiadores para o produtor, e deixam uma margem de lucro estreita, ou "empatam".

"Aqui na região de Campinas-SP, temos saca de milho de 60kg em torno de R$ 52, farelo de soja a R$ 1870 a tonelada, o que faz o preço da ração ficar, em média, em R$ 1390/ton. Isso está estabilizado, mas em patamares altos", explicou.