Manejo sanitário garante sucesso na criação de galinhas caipiras
O manejo sanitário é fundamental para o sucesso na produção de galinhas caipiras. O conjunto de medidas tem a finalidade de proporcionar aos animais ótimas condições de saúde. Em Alagoas, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar – orienta avicultores por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG.
As orientações começam já com a construção do galinheiro. “É importante que o galinheiro esteja sempre isolado, nunca próximo de estradas ou de outras criações. É preciso evitar aproximação de pessoas, animais ou veículos que nada tenham a ver com a atividade, pois podem levar doenças para as galinhas”, explica Ícaro Victor, zootecnista e técnico de campo do Senar Alagoas.
Segundo Ícaro, o produtor não deve reunir mais de uma espécie em um mesmo aviário, nem lotes de animais de idades diferentes. “O sistema imunológico de uma ave mais nova é mais frágil, se comparado ao de uma mais adulta. Também é importante evitar a superlotação dos galinheiros e sempre respeitar a quantidade de aves por metro cúbico, seja na criação de poedeira ou de frango de corte”, observa.
O fornecimento de água e ração de qualidade também é necessário para garantir a saúde dos animais. Ao final de cada ciclo, o produtor tem que retirar a cama – pode utilizá-la como esterco – e fazer a desinfecção do galpão. “Primeiro ele lava, depois desinfeta com cloro a 10% e, em seguida, precisa deixar esse galpão vazio por um período de 10 a 15 dias. Com isso, ele fará o vazio sanitário e terá boa segurança para os próximos lotes”, explica o técnico de campo do Senar.
Vacinação
Outra medida necessária é o isolamento de aves doentes, para que não sejam vetores de contaminação de todo o lote. Além disso, o produtor deve evitar o derramamento de água na cama, pois a umidade facilita a proliferação de microorganismos que podem adoecer os animais.
A vacinação também é essencial para a preservação da saúde das aves. “É importante lembrar que os programas de vacinação são específicos para as doenças mais comuns de cada região. O programa do Nordeste pode não ser aplicado no Sul, visto que lá as doenças podem ser diferentes. Por isso, o produtor precisa estar bem assistido para ter acesso a um programa adequado à sua região”, pondera Ícaro Victor.
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