Hortifruti: Mudanças em SP podem afetar o mercado de HF?
Os últimos dias têm sido marcados por constantes mudanças nas medidas de isolamento social na cidade de São Paulo, como alterações no transporte e antecipação de feriados. Isso porque o sistema de rodízio de veículos tradicional voltou a vigorar nessa segunda-feira, 18, já que as medidas mais restritivas não aumentaram o índice de isolamento, que continua abaixo do estipulado pela prefeitura. Assim, com o novo decreto, a medida passa a restringir a circulação de veículos com base no número final da placa e o dia da semana, apenas no centro expandido e em horários de pico (como já era realizado anteriormente à pandemia).
Outra importante alteração na dinâmica da cidade é a antecipação de feriados municipais na capital e em algumas cidades da Grande São Paulo (de Corpus Christi, em 11 de junho, e da Consciência Negra, em 20 de novembro), para os dias 20 e 21 de maio, além do ponto facultativo previsto para esta sexta-feira, 22. Há, ainda, a possibilidade de mais uma antecipação de feriado, da Revolução Constitucionalista, em 09 de julho, para a segunda-feira, 25 – o qual ainda está em processo de aprovação. O objetivo é aumentar o isolamento social na capital paulista, local com maior número de contaminados em todo o País.
RODÍZIO E "FERIADÃO" INTERFEREM NO MERCADO DE HF? – De forma geral, o retorno do rodízio tradicional pode ser mais benéfico à logística de distribuição de HF, uma vez que pequenos comerciantes tiveram dificuldade de ir até a Ceagesp na semana passada, quando as medidas eram mais restritivas quanto à circulação de veículos. Além disso, os consumidores estão mais habituados às regras do sistema tradicional.
Vale lembrar que serviços considerados essenciais, como supermercados, centros de abastecimento e feiras livres, continuam operando normalmente durante a quarentena e, também, no “feriadão”. Assim, para estas atividades, o abastecimento de alimentos não deve ser interrompido durante os dias de recesso.
De modo geral, as negociações dos HF's nos principais centros consumidores ainda não chegaram a ser diretamente influenciadas pelo "feriadão" em São Paulo. As vendas continuam oscilando bastante desde o início da quarentena, e são mais lentas conforme se aproxima o fim do mês.
Para a cebola, cenoura e batata, colaboradores do Hortifruti/Cepea disseram que o comércio esteve normal, mas que alguns clientes chegaram a antecipar as compras. O mercado foi um pouco mais fraco para o tomate e a alface – no caso da segunda, a demanda também está enfraquecida pelo clima mais frio e pela própria quarentena, devido à sua elevada perecibilidade e ao fechamento de importantes canais de escoamento (como mercados institucionais e food service). Para o tomate, os pedidos de atacadistas foram menores nesta semana, devido ao fraco escoamento.
No caso das frutas, apesar de as atividades de comercialização continuarem durante o feriado, agentes que negociam diretamente com a Ceagesp temem que a demanda recue neste fim de semana, já que o maior impacto ao mercado deve ocorrer justamente na capital paulista. Nos últimos dias, por exemplo, produtores de maçã já observaram certo recuo dos pedidos para São Paulo, precisando escoar seus produtos para outras regiões do País.
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