Entenda como as estimativas da Conab de aumento de 18,5% na produção de açúcar e queda de 14% no etanol devem impactar o setor
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Entrevista com Maurício Muruci - Analista da Safras & Mercado sobre o Mercado do Açúcar
DownloadDe acordo com o analista da Safras e Mercado, Maurício Muruci, os dados emitidos pela Conab nesta terça-feira (5) já era um cenário esperado pelo mercado. "A surpresa ficou por conta da queda de 1,9% na produção de cana-de-açúcar em todo o Brasil", disse.
Segundo ele, esta pequena queda foi muito pequena, e o que forma os preços em Nova York é o açúcar, que está com ganhos elevados em termos percentuais.
"Com base nisso, esperamos que em Nova York os preços se mantenham nos patamares atuais, entre 10 centavos por libra-peso a 10,50 como ponto de equilíbrio. Pode haver tentativa de busca de 11 centavos para contrato driver que é julho 2020, mas tende a não se sustentar" explicou.
De acordo com o analista, há um conjunto de fatores como a pressão do aumento da oferta brasileira de açúcar e frustração da quebra na Ásia, que esperava-se ser muito maior.
"No Brasil há aumento de oferta, e com a crise do Covid-19 e do petróleo, reduz a dsemanda por açúcar. Esses cenários devem limitar os preços em Nova York. Em fev, antes da eclosão do coronavírus, o cenário era 15 centávos de dólar para o açúcar".
O açúcar, inclusive, é que ajudou a não deixar pior a atual situação vivida pelas usinas, que já fixaram 12 milhões de toneladas para exportação das 19 milhões projetadas.
"Esse número das exportações pode chegar a 22 milhões de toneladas, o que coloca disponibilidade de oferta maior no curto prazo, o que em tese pressiona os preços. Mas a oferta não está tão grande".
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