Texas e Ohio se juntam a vários Estados dos EUA e reabrem economia

Publicado em 01/05/2020 16:33 e atualizado em 02/05/2020 13:34

NOVA YORK (Reuters) - Texas e Ohio avançaram nesta sexta-feira com um relaxamento gradual das restrições que os Estados dos EUA adotaram semanas atrás para conter a pandemia de coronavírus, enquanto a Geórgia deu outro passo em direção a um reinício total, permitindo as atividades de todas as empresas.

Com as diretrizes da Casa Branca para a reabertura expiradas na quinta-feira, metade de todos os Estados dos EUA estava avançando com uma série de estratégias para permitir que empresas, de restaurantes e varejistas a construção e manufatura, emergissem de um mês de dormência.

No Texas, um dos Estados mais populosos dos EUA, todas as lojas, restaurantes, cinemas e shoppings podem retomar a atividade nesta sexta-feira, limitando a capacidade a 25% de sua ocupação listada, por ordem do governador Greg Abbott.

Ohio começará permitindo cirurgias não essenciais nesta sexta-feira e depois abrirá a construção e a fabricação na segunda-feira, além de lojas de varejo e muitos serviços ao consumidor em 12 de maio, disse o governador Mike DeWine no início desta semana.

Os Estados estão sentindo uma enorme pressão para reabrir negócios e restaurar a vida social, apesar da falta de testes para o vírus em larga escala e outras salvaguardas exigidas por especialistas em saúde, já que o surto parece ter diminuído em muitas partes do país.

Nenhuma empresa é obrigada a reabrir e não ficou claro quantos proprietários de empresas e seus funcionários retornariam ao trabalho e quantos clientes se aventurariam de volta às lojas e restaurantes.

Dados do Departamento do Trabalho dos EUA divulgados na quinta-feira mostraram que cerca de 30 milhões de americanos buscaram benefícios de desemprego desde 21 de março. O número de desempregados representa mais de 18,4% da população em idade ativa dos EUA, um nível não observado desde a Grande Depressão da década de 1930.

Marco zero do coronavírus, província chinesa de Hubei ameniza isolamento

XANGAI (Reuters) - A província chinesa de Hubei, onde o novo coronavírus da pandemia foi detectado pela primeira vez, reduzirá seu nível de reação de emergência a partir de sábado, o relaxamento mais recente dos isolamentos adotados para conter o vírus.

Hubei diminuirá o nível do mais alto para o segundo mais alto a partir de 2 de maio, disse a comissão de saúde da província em uma publicação em sua conta pública de WeChat nesta sexta-feira.

Trata-se da última província a rebaixar seu nível de reação de emergência, um grande marco na luta chinesa contra a pandemia. Acredita-se que o vírus surgiu em um mercado de alimentos frescos da capital provincial Wuhan em dezembro.

Hubei também ajustará suas medidas de prevenção e controle da epidemia após o rebaixamento do nível de reação, disse Yang Yunyan, vice-governador de Hubei, segundo uma citação da agência de notícias oficial Xinhua.

A reportagem da Xinhua não explicou que ajustes serão feitos.

Na quinta-feira, Pequim anunciou um afrouxamento semelhante de suas restrições, dizendo que descartará as exigências de 14 dias de quarentena de pessoas recém-chegadas de áreas de baixo risco do país, liberará aquelas atualmente em quarentena e descartará a obrigatoriedade do uso de máscaras fora de casa.

Uma autoridade de saúde disse que no dia 26 de março que Wuhan não tinha mais nenhum caso de coronavírus nos hospitais, graças a um isolamento da cidade e da província que interditou ruas, cancelou viagens de trens e aviões e impediu que os moradores circulassem livremente durante mais de dois meses.

Disney reabre parque de Xangai com uso de máscaras e medição de temperatura

(Reuters) - Para se ter uma ideia de como a Disney se recupera da pandemia de coronavírus, só é preciso olhar para Xangai, onde a gigante do entretenimento realizou uma reabertura limitada do Shanghai Disney Resort. Adultos, criança e idosos usam máscaras enquanto circulam entre funcionários e seguranças que portam termômetros de medição sem contato e gel bactericida.

Agora que alguns Estados norte-americanos estão suspendendo as ordens de confinamento domiciliar, investidores e frequentadores de parques estão observando como a Walt Disney --que obtém um terço de suas rendas de parques, experiências e produtos-- recria o "lugar mais feliz da Terra" em um mundo transformado pelo coronavírus.

O fato de os parques girarem em torno de crianças e envolver muito contato físico, e a necessidade da Disney de evitar danos a uma marca que é sinônimo de segurança e de família, dificultarão a reabertura, dizem especialistas.

A capacidade da empresa de reabrir seus parques na Ásia, nos Estados Unidos e na França também será um sinal importante de como o mundo pode recuperar algo semelhante à normalidade enquanto lida com o Covid-19.

"Este é o maior desafio que a indústria já enfrentou", disse Phil Hettema, fundador do Hettema Group, que cria atrações de parques temáticos e outras experiências.

A Disney, que não anunciou nenhum plano de reabrir os parques, não quis se pronunciar para esta reportagem.

Seu presidente-executivo, Bob Iger, disse recentemente que medir a temperatura dos frequentadores pode se tornar rotina na entrada dos parques da Disney. Entre outros planos em estudo, de acordo com uma fonte a par do pensamento da empresa, estão fazer escalas de pessoas em cada "foguete" da montanha-russa Space Mountain para obedecer o distanciamento social e avisar os frequentadores via aplicativo ou outra tecnologia quando podem ir a uma atração ou restaurante para eliminar filas.

Pode ser exigido que os funcionários, conhecidos como membros do elenco, e frequentadores usem máscaras --mas, como seria de se esperar da Disney, as máscaras dos funcionários serão divertidas, e não assustadoras, disse a fonte.

Índia renova isolamento, mas permitirá relaxamentos em áreas de baixo risco

NOVA DÉLHI/MUMBAI (Reuters) - A Índia disse nesta sexta-feira que renovará o isolamento nacional contra o coronavírus por mais duas semanas, ou até 4 de maio, mas que permitirá "relaxamentos consideráveis" em distritos de baixo risco marcados como regiões verdes e laranjas.

Algumas atividades continuarão proibidas em todo o país, independentemente da região, informou o Ministério de Assuntos Internos em um comunicado.

Elas incluem viagens de avião, trem e metrô e circulação de pessoas entre os Estados por estradas. Escolas e faculdades, hotéis, restaurantes, shopping centers, cinemas e locais de culto continuarão fechados.

Não haverá restrição à circulação de bens entre os Estados, nem à fabricação e distribuição de produtos essenciais, disse o ministério.

As autoridades estão tentando conceber uma maneira de encerrar o maior isolamento do mundo, que o primeiro-ministro, Narendra Modi, impôs em 25 de março e que acreditam estar evitando um aumento exponencial de infecções.

As autoridades dividiram o país em regiões vermelhas, laranjas e verdes dependendo da severidade do surto. O secretário da Saúde, Preeti Sudan, detalhou o plano em uma carta a autoridades regionais que foi vista pela Reuters.

As cidades de maior porte e importância econômica, como Nova Délhi, Mumbai, Bengaluru, Chennai e Ahmedabad, seriam todas classificadas como regiões vermelhas por serem focos de infecções e mantidas sob isolamento rigoroso.

Premiê do Japão pode prorrogar estado de emergência no dia 4 de maio

TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta sexta-feira que está inclinado a prorrogar o estado de emergência no país em cerca de um mês, já que especialistas disseram que as restrições relacionadas ao coronavírus deveriam continuar em vigor até o número de casos cair mais.

A emergência deveria terminar no dia 6 de maio, mas Abe disse que a situação continua difícil e que os cidadãos japoneses precisam cooperar mais. Ele tomará uma decisão final em 4 de maio depois de consultar especialistas.

"Graças aos esforços de nossos cidadãos, conseguimos evitar uma explosão de casos, como se viu no exterior", disse Abe aos repórteres na noite local desta sexta-feira. "Mas a situação médica continua difícil, e precisamos pedir mais cooperação de nossa nação".

Ele acrescentou que está inclinado a prorrogar o estado de emergência no país por cerca de um mês e que fará uma coletiva de imprensa para explicar a decisão.

Na quinta-feira, o premiê alertou os cidadãos a se prepararem para uma "batalha prolongada" contra o novo coronavírus, e fontes políticas disseram à Reuters que o governo está planejando estender a emergência por aproximadamente um mês.

Abe disse que baseará sua decisão final na recomendação de uma comissão de especialistas, que disseram na manhã desta sexta-feira que, embora o número de casos pareça estar em declínio, a situação não é tão boa quanto gostariam.

"Durante algum tempo, precisaremos precisar manter estas diretrizes", disse Shigeru Omi, um membro da comissão, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que existem variações regionais nos surtos e que o sistema médico de algumas áreas está com dificuldade de lidar com o problema.

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Fonte:
Reuters

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