Alojamento de pintos de corte deve cair até 10% em abril
Como medida para reduzir a produção para ajustar a oferta à demanda, o alojamento de pintos de corte deve cair entre 5% a 10% no Brasil neste mês de abril, de acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte (Apinco), José Paulo Meirelles Kors. Segundo ele, o reflexo da medida deve começar a ser notado a partir da segunda quinzena de maio, quando os pintos alojados em abril começam a ser abatidos. A expectativa é de até 50 milhões de aves a menos.
Segundo Kors, até março a demanda por pintos de corte estava dentro da normalidade, mas neste mês de abril, por causa dos altos custos de produção, baixo preço de venda e perspectiva de redução na demanda pelo consumidor, os avicultores tiveram de reduzir o alojamento em uma tentativa de equalizar o caixa.
Ele explica que entre as medidas imediatas para reduzir o alojamento estão no descarte das poedeiras mais velhas, que têm uma taxa de eclosão menor, e não incubar os ovos das poedeiras mais jovens, que são menores e resultam em pintinhos mais frágeis. Estes ovos são direcionados para a indústria, para a fabricação de ovo em pó.
Esta redução mais imediata, para Kors, tem mais a ver com a queda na demanda interna do que com a movimentação no mercado externo, que tem trazido bons resultados para a exportação do frango brasileiro.
Entretanto, Kors explica que mesmo com a boa demanda no exterior, não há mais aquela euforia projetada antes da pandemia pelo coronavírus, e outra medida para reflexo a longo prazo pode ser tomada: a redução do alojamento de matrizes.
Ele explica que uma matriz se mantém produtiva por cerca de um ano, e essa medida, se tomada agora, se refletiria apenas no ano que vem, também reduzindo a produção.
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