Boi, suíno e frango vivos fecham 1ª quinzena de abril em situação preocupante
Cerca de 30 dias depois de conviverem com os melhores preços de 2020, os produtores paulistas de boi, frango e suíno amargam aqueles que são, em alguns casos, os piores preços de todos os tempos. Efeito - puro, simples e direto – da pandemia de Coronavírus.
Partindo das cotações registradas nos primeiros dias de negócios de 2020 e comparando-as com os valores registrados no encerramento da primeira quinzena de abril constata-se que, até aqui, a menor perda recai sobre o boi em pé: sua cotação no último dia 15 ficou apenas 3,38% abaixo do valor registrado na abertura do corrente exercício. Mesmo assim, não é o menor preço registrado este ano.
Frango e suíno, porém, vivem situação mais crítica. O frango vivo, aparentemente, não sofreu grandes perdas, pois - ainda que tenha retrocedido ao menor valor de 2020 - registra no ano redução de preço que não chega a 10%. Mas – não custa lembrar – a cotação atual permanece como simples referencial. Além disso, são poucos os abatedouros interessados em absorver o que vem sendo ofertado, o que faz aumentar significativamente a oferta excedente.
Mas pior mesmo é o mercado do suíno. Pois, extremamente frágil, fez com que o produto fechasse a primeira quinzena de abril com uma cotação mais de um terço inferior à alcançada no início deste ano.
Ainda que as atuais circunstâncias sejam desfavoráveis aos três animais, o boi em pé deve continuar apresentando variações mínimas. Porque, em essência, boi insuficientemente valorizado pode ficar por mais algum tempo no pasto. E ganhando peso.
Não é possibilidade aberta a frangos e suínos, cujo ciclo de criação - extremamente dinâmico - dificulta a postergação dos abates. O pior, neste caso, é que um frango ou suíno não abatido continua consumindo ração e elevando os custos de produção. Que, como mostra outra matéria de hoje (17), atingiu em março o maior valor nominal da história.
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