Exportações de proteína animal em MS ultrapassam 20% no primeiro trimestre
Nos três primeiros meses de 2020, Mato Grosso do Sul fechou as vendas de proteína animal para o mercado exterior com aumento de 20,7%, em comparação ao mesmo período de 2019. Conforme dados do MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), o total chegou a US$ 229,9 milhões em receita gerada pela exportação de carne bovina, suína e de frango, com volume de 76 mil toneladas.
Para o gerente técnico do Sistema Famasul, José Pádua, o destaque vai para as exportações de carne suína, que tiveram aumento de 4.182% nas vendas.
“Devido à pandemia do novo coronavirus, o cenário econômico mundial teve alterações significativas. A produção de suínos no estado era destinada apenas ao mercado interno, porém, com essa nova conjuntura surge também uma demanda pela nossa produção, fazendo com que haja esse salto na porcentagem de vendas”, explica Pádua.
A comercialização de carne suína foi de US$ 2,8 milhões, com total de 1,6 mil toneladas. “Isso traz um destaque ainda maior para o nosso estado, que pode se tornar um importante player no mercado de suínos após a estabilização da economia global”, analisa. O principal destino da mercadoria nesse período foi Hong Kong, responsável por mais de 82% da receita.
A proteína de frango também teve destaque nas exportações. Foram comercializados 42% a mais do que o primeiro trimestre do ano anterior, ou seja, US$ 65,5 milhões com volume de 37,2 mil toneladas.
Dentre as proteínas de origem animal, a carne bovina continua sendo o principal produto exportado pelo estado. Nos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano, a comercialização resultou em US$ 161,5 milhões, uma variação 12% superior ao ano passado. O volume total foi de 37,8 mil toneladas.
“Tivemos um acréscimo de 20 % no valor unitário pago pela nossa carne exportada, reflexo da conjuntura global dos mercados e, sobretudo, sinal de que os produtores estão atendendo os padrões de qualidade e exigência do mercado externo”, destaca o gerente.
Chile, China e Hong Kong são responsáveis por cerca de 40% na receita das exportações de proteína animal sul-mato-grossense.
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